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Por Jaime Vasconcellos, economista.

2022 começou em compasso de espera e com certa apreensão, principalmente devido às notícias de avanço da variante ômicron do novo coronavírus e pelo impacto que ela, conjuntamente ao avanço da gripe H3N2, tem causado na economia e especialmente no ritmo de funcionamento das empresas. Tem sido comum avistarmos informações cotidianas sobre a quantidade de afastamentos de colaboradores por motivos de saúde, relacionados aos vírus já citados. Estamos falando desde o setor aéreo até restaurantes. Do comércio varejista aos próprios profissionais de saúde.

Este cenário de certa paralização das atividades, ou de insuficiência de atendimento, preocupa e interfere ainda mais em uma conjuntura social e econômica já de muita dificuldade ao atual ano, no qual se espera pífio crescimento das nossas riquezas, bastante volatilidade devido ao pleito eleitoral e dificuldades às famílias, que amargam inflação elevada, desemprego persistente e altos índices de endividamento. Fora o mais importante disso tudo, que é a saúde da população com o acometimento em série de novas e conhecidas mazelas.

Essa sensação de “deja vú” leva (com razão) para empresários e consumidores um clima de marasmo e pessimismo a um ano que já se esperava ser de superação da pandemia. Creio que não podemos excluir esta possibilidade, porém está claro que ainda vivenciaremos persistente influência em nossas rotinas com a Covid-19. Este cenário obriga a todos agirmos com a mesma ou maior cautela em relação aos protocolos sanitários para não propagação do vírus, sobretudo para continuarmos seguros e, ao mesmo tempo, possibilitar permanecer ativos os fluxos econômicos neste momento de reconstrução de estabelecimentos e postos de trabalho.

Os próximos dias se mostram muito relevantes para entendermos como será o impacto do aumento de casos das doenças em relação à capacidade hospitalar de atendimento emergencial, ambulatorial e intensivo de nossos hospitais. Por enquanto não nos parece que há maiores impactos na utilização de leitos de UTI, o que é uma boa notícia quanto a capacidade das vacinas em salvaguardar-nos de casos mais sérios da doença. Todavia, os desafios se mantêm elevados, seja em nossos cuidados diários dentro e fora do lar, seja no dia a dia empresarial de tentar trabalhar com equipes desfalcadas, buscando manter o processo de retomada de nossas vidas.

Seguem nossas projeções macroeconômicas para o ano de 2022:

PIB: +0,5%                                                     

IPCA: 5,5%                                                    

SELIC: 11,5%             

Taxa de Câmbio: 5,60             

Balança comercial: + US$ 60 bi

Vendas do varejo: +1,0%

Volume dos serviços: +1,5%


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