No dia 18 de outubro de 1934, o ministro do Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Commércio, Agammenon Magalhães, assinou a carta de reconhecimento do Syndicato Patronal dos Commerciantes a Varejo de Ferragens (conforme grafia de época), com sede na capital do Estado de São Paulo. Nascia assim o Sincomavi, que ao longo de seus mais de 80 anos, mudou algumas vezes de nome, mas manteve seu objetivo de defender o comércio que representa.
Em seus primórdios, o Sindicato contou com o esforço dos presidentes Gustavo Cechetto, primeira gestão, e Emílio Lang Júnior, que marcou sua presença pela compra da primeira sede da entidade, na rua Capitão Mor Jeronimo Leitão, Capital (SP), e por uma atuação intensa em defesa dos interesses do comércio. Lang, anos depois, seria presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A primeira alteração na nomenclatura do sindicato ocorreu em 1941, quando, em 15 de maio, o ministro interino, Waldemar Falcão, assinou documento que mudou o nome para Sindicato do Comércio de Maquinismos, Ferragens e Tintas de São Paulo.
Muitas demandas da época se mostram totalmente fora do contexto atual, como a solicitação ao Governo Federal, que o período prestado ao serviço militar por comerciantes e seus funcionários às forças armadas, II Guerra Mundial e formação da Força Expedicionária Brasileira, fosse computado na aposentadoria dos trabalhadores. Por outro lado, alguns problemas parecem ser atemporais, como a questão de segurança e a atuação de vendedores ambulantes. O terceiro presidente da entidade, Antonio Garritano, às voltas com o aumento dos roubos e da falta de critérios na atuação dos camelôs na capital, enviou ao comandante Geral da Força Pública do Estado uma reclamação e exigiu mais policiamento e providências contra o comércio irregular e o aumento de furtos e assaltos por toda a cidade.
Em 15 de fevereiro de 1962 foi a vez de Franco Montoro, então ministro do Trabalho, que definiu nova alteração no nome da entidade. Dessa vez, para Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros de São Paulo.
Com o Golpe Militar de 1964, em razão da grande repressão submetida pelo governo às entidades representativas, o sindicato passou por um período de menor atividade.
A redemocratização do País, que culminou com a eleição do presidente do Brasil, Tancredo Neves, em 1985, também marcou positivamente uma nova fase para a entidade. Em 1986, o empresário Lázaro Antonio Infante, com atuação na área de vidros, assume a presidência. Dois anos depois, mais precisamente em18 de outubro de 1988, quando foi incluído o setor varejista de material de construção, estendendo a base territorial para a Grande São Paulo, o Sincomavi ganha a nomenclatura atual. Essas mudanças de nome não significaram apenas alterações burocráticas, mas uma saudável ampliação de responsabilidade e de campo de ação do Sincomavi, sempre em benefício das empresas do segmento. Ainda em 1988, a entidade compra a sede da Rua São Bento, começa a editar o Jornal Notícias e passa a utilizar o nome Sincomavi, como forma de facilitar a comunicação com os comerciantes. Outras realizações foram a informatização de todos os departamentos, fato pouco comum para época, e o aumento na base de associados.
Hoje o sindicato representa legalmente as empresas varejistas de material de construção, maquinismos, ferragens, tintas, louças e vidros com sede em 30 cidades da Região Metropolitana de São Paulo: São Paulo (Capital), Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Suzano e Taboão da Serra. Isso significa que os estabelecimentos, por menores que sejam, ao pertencer a um desses setores, têm ao seu lado uma entidade sempre pronta a defendê-los, além de lhes prestar inúmeros serviços e convênios.
O Sincomavi é filiado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e ao Sicomércio da Confederação Nacional do Comércio (CNC).