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O avanço das tecnologias emergentes está redesenhando o papel da liderança nas empresas. Segundo pesquisa da Robert Half, ferramentas como Inteligência Artificial, automação e novas soluções de cibersegurança irão assumir funções críticas da alta gestão até 2035, transformando a tomada de decisão em um processo cada vez mais orientado por dados e sistemas inteligentes. A consultoria aponta que 84% dos executivos já veem a segurança cibernética como principal vetor de mudança, seguida pela Inteligência Artificial Geral (81%) e pela automação robótica de processos (78%).

Essa transformação, no entanto, não elimina a necessidade de líderes humanos. Pelo contrário, amplia a exigência por novas competências. “As funções executivas, antes marcadas pelo julgamento humano e pela experiência acumulada, passarão a contar com sistemas inteligentes que oferecem velocidade, precisão e escala incomparáveis. Isso não diminui o papel da liderança, mas exige aptidão para direcionar estratégias em um ambiente de alta complexidade tecnológica”, explica Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half.

A especialista em desenvolvimento humano Liliane Sant’Anna, fundadora do Instituto CNV Brasil, reforça que o diferencial dos profissionais do futuro estará nas habilidades que continuam sendo exclusivamente humanas. Comunicação empática, pensamento crítico, inteligência emocional e capacidade de criar vínculos são exemplos de competências que permanecem essenciais em um ambiente automatizado. “Mais do que competir com algoritmos em velocidade ou cálculo, precisamos desenvolver habilidades que ampliem nosso potencial de conexão, criatividade e julgamento ético”, afirma Liliane.

No varejo, a combinação entre tecnologia e humanização já é uma realidade estratégica. Em artigo publicado no site do Sincomavi, Carol Savioli, head de Gente e Gestão da Coffee++, destaca que a Inteligência Artificial pode reduzir custos e aumentar a eficiência, mas não substitui o fator humano nas relações de trabalho. “A tecnologia deve ser uma aliada, não uma substituta, promovendo colaboração entre inteligência artificial e julgamento humano”, afirma.

A convergência entre dados e empatia marca o novo paradigma da liderança. Ser capaz de usar a tecnologia para potencializar o talento humano — e não para substituí-lo — será o grande diferencial dos líderes que conduzirão empresas sustentáveis e inovadoras nos próximos anos.


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