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Por Thais Borges, diretora comercial e de marketing da Systax, empresa conveniada Sincomavi.

á parou para pensar que, em muitos casos, o setor fiscal é o que mais gerencia informações dentro de um negócio? Ainda hoje, é comum que essa área seja vista meramente como uma função operacional dentro das empresas, voltada somente para o cumprimento de burocracias e obrigações regulatórias. Contudo, cada vez mais o departamento é responsável por detalhes altamente estratégicos e que englobam todas as práticas desenvolvidas internamente em uma companhia. 

Se analisarmos mais de perto como funciona a operação dessa área, iremos perceber que cada atividade gera uma quantidade imensa de dados fiscais que, se bem aproveitados, podem fornecer insights valiosos na tomada de decisão, ainda mais em tempos de Reforma Tributária e revisão fiscal dos negócios. 

Além disso, uma gestão eficiente dos tributos pode otimizar o custo de aquisição de matérias – primas, bens e serviços, por exemplo, permitindo negociações mais vantajosas e ajudando na estruturação de preços que aumentam a competitividade da empresa no mercado. Ou seja, o correto aproveitamento dessas informações permite não apenas a redução de custos, mas também a maximização de margens de lucro, garantindo que a empresa tenha uma estratégia sólida e bem posicionada frente aos concorrentes. 

Hoje, quem se destaca nesse contexto transitório são organizações que apresentam tendências mais inovadoras, representadas por startups ou grandes marcas, que já começaram a usufruir de uma área fiscal com potencial de antecipar tendências e oferecer insights importantes. Um estudo recente divulgado pela Vertex aponta que instituições que tratam a área de forma estratégica tendem a otimizar a eficiência operacional em até 30%, reduzindo ameaças e melhorando o controle sobre os dados. 

No entanto, com a Reforma Tributária batendo à porta, é imprescindível que as demais companhias, independente do porte ou setor de atuação, revejam a atuação de sua área tributária. Por que não aproveitar esse período de inevitável reavaliação para construir uma atuação fiscal com mais automação e que seja mais incisiva e impactante para os negócios?

Sendo assim, não é de se espantar que exista um movimento crescente no mercado para que o papel do departamento tributário seja repensado. A pressão generalizada por eficiência e redução de custos, combinada com o desenvolvimento de novas tecnologias, assim como a própria complexidade das legislações, têm impulsionado tal transformação – visto que um time fiscal pode ter um impacto ainda maior nos negócios com o apoio da tecnologia. 

Algumas novidades tecnológicas como automação e big data passaram a permitir que empresas transformem uma tradicional gestão fiscal reativa, focada apenas no cumprimento de obrigações, em uma atuação proativa, em que a área identifica oportunidades de otimização e redução de riscos. Não à toa, segundo um levantamento desenvolvido pela Deloitte, 85% das companhias globais acreditam que o departamento fiscal pode agregar valor e ser mais estratégico para a redução de custos e otimização da carga tributária.

Contudo, apesar da parcela significativa, muitas parecem encontrar dificuldades em transferir o discurso para a prática. A sensação, inclusive, é corroborada por um relatório recente da PwC, no qual aponta que apenas 45% das grandes empresas utilizam ferramentas de automação em sua gestão tributária. 

A oportunidade de se diferenciar no mercado está na mesa, mas é necessário uma mudança de mentalidade. Chegou a hora de as empresas deixarem de enxergar a área fiscal apenas como um conjunto de obrigações burocráticas e reconhecerem de vez seu verdadeiro valor estratégico. Para aquelas que já adotaram essa visão, o futuro é promissor. Já aquelas que continuam subestimando um setor com tanto potencial, a tendência é de que oportunidades de crescimento sejam desperdiçadas.


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