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A importância dos canais digitais para as empresas brasileiras pode ser melhor dimensionada pela 35ª Pesquisa Anual do FGVcia – Centro de Tecnologia de Informação Aplicada sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas empresas. Hoje, o país conta com 480 milhões de dispositivos corporativos ou domésticos em utilização, entre computadores, notebooks, tablets e smartphones. Em outras palavras, a média nacional é de 2,2 dispositivos digitais por pessoa. Em relação aos telefones celulares, o estudo mostra que há 1,2 smartphone por habitante – perfazendo 258 milhões de aparelhos. Por sua vez, o total de computadores chega a 222 milhões (desktop, notebook e tablet) em uso, atingindo 1 computador por habitante (102% per capita). Tais dados só confirmam o crescimento do domínio dos smartphones em aplicações e uso da população.

Logicamente, dentro desse universo de utilização, as redes sociais são protagonistas. Mas, como lembra Eduardo Rezende, CEO da Ecustomer, nem todas as redes sociais são adequadas para determinados negócios. É preciso pesquisar e escolher as melhores plataformas, nas quais o público-alvo está mais ativo. “Um público mais novo está mais no Tiktok, já alguém com 40 anos, provavelmente estará no Instagram e Facebook”, exemplifica. E complementa: “Se seu público-alvo são empresas, investir no Linkedin pode ser uma boa. É necessário fazer essa análise antes e manter uma rotina de publicações, com posts, stories, depoimentos, interações diárias”. 

Outro ponto importante que deve ser levado em consideração: a transparência nas informações. Pesquisa VisualGPS da iStock revela que existe uma crise de confiança nas redes sociais. Além de fraudes e golpes, informações incorretas, piadas de mau gosto, essas plataformas também agora estão enfrentando as consequências do uso desenfreado da Inteligência Artificial. Os dados levantados pelo estudo da iStock, com 30 mil adultos de 25 países diferentes, mostram que quase 90% dos entrevistados querem saber se a imagem incorporada nas postagem foi criada por IA e 98% concordam que imagens ou vídeos “autênticos” são cruciais para gerar confiança. “As empresas de todos os setores estão lutando com a integração da IA generativa em seu fluxo de trabalho criativo e é crucial que entendam os riscos e as recompensas desta tecnologia”, ressalta a Dra. Rebecca Swift, Diretora Global de Conteúdo Criativo da iStock.

Eduardo, da Ecustomer, lembra que o mais importante é oferecer um conteúdo de qualidade. “Entenda, a rede social é uma grande conversa, postar somente produtos com valores, não é a forma mais atrativa de se fazer um marketing”, adverte. “Que tal ao invés de postar isso, postar como aquele produto ajuda no dia a dia? Que tal fazer um vídeo demonstrativo do que aquele produto faz? Seja criativo e poste regularmente”, aconselha.

Em recente artigo (leia aqui), Thaís Zacharías, CEO da Likefy, cita ainda outro caminho que pode ser seguido pelas empresas nas redes sociais: o marketing de influência, que consiste em utilizar a influência de personalidades digitais para promover produtos e serviços. Mesmo nesse caso, o empresário deve avaliar bem o influencer que está sendo contratado e que está avalizando sua marca e seus produtos para que o tiro não saia pela culatra. Afinal, num país com opiniões tão polarizadas, qualquer deslize é motivo para cancelamento e, consequentemente, prejuízo. 


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