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Dados do Secovi-SP, sindicato patronal que representa o setor imobiliário no Estado de São Paulo, mostram que no primeiro bimestre de 2023 as vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo atingiram um total de 9.064 unidades, o que representa um crescimento de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram comercializadas 7.794 unidades. Em doze meses são 70.610 unidades vendidas, acima do patamar de doze meses encerrados em janeiro de 2023 (70.193 unidades). No gráfico abaixo é possível observar a trajetória mensal e anual das vendas.

Evolução das vendas mensais e acumuladas
em 12 meses de unidades residenciais
novas em São Paulo/SP

Fonte: Secovi-SP | Elaboração: Departamento de Economia do Sincomavi

Enquanto as vendas avançaram no primeiro bimestre, a quantidade de unidades lançadas, na comparação ao mesmo período do ano anterior, contou com queda de 18,1%. Foram 3.541 imóveis residenciais lançados na capital paulista em janeiro e fevereiro de 2023 juntos, contra 4.322 unidades nos primeiros dois meses de 2022. No acumulado dos doze meses encerrados em fevereiro de 2023 são exatamente 74.911 lançamentos, o patamar mais baixo para o período de doze meses desde maio de 2021 (acumulado de 72.582 unidades).

Evolução dos lançamentos mensais e
acumulados em 12 meses de unidades residenciais em São Paulo/SP

Fonte: Secovi-SP | Elaboração: Departamento de Economia do Sincomavi

O economista Jaime Vasconcellos avalia que o volume de vendas de imóveis residenciais em São Paulo no início de 2023 é bom comparado ao ano passado, mas mostra arrefecimento na margem. “Esse ponto de atenção, que somente poderá ser confirmado ou não com os números dos próximos meses, precisa ser somado ao retrocesso de lançamentos observados e que deve ter continuidade no atual ano”. Este número menor de novas unidades se dá pela própria avaliação que o mercado sente, e sentirá por mais algum tempo, dos impactos de juros mais elevados e, naturalmente, de uma conjuntura de consumo das famílias freada pela inflação, que assombrou mais fortemente até o ano passado, bem como pelos elevados índices de endividamento e inadimplência da população. “A queda atual de lançamentos deve levar a impactos futuros também nas vendas, com isso, o varejo de material de construção precisa se manter atento, principalmente no sentido de que a cada venda feita, naturalmente há melhorias e adaptações que os recém-moradores procuram realizar, inclusive nos imóveis novos”.


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