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O volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo avançou 0,1% em janeiro, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tímido crescimento se deu contra o mesmo mês do ano passado e finaliza um cenário de nove retrações mensais consecutivas do indicador. Em âmbito nacional, a evolução foi mais significativa (+1,1%), também interrompendo a sequência de nove quedas sucessivas.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC-IBGE

Devido a estabilidade do setor, vê-se que o desempenho acumulado em doze meses do volume de vendas paulista se amenizou para uma retração de 6,2%, melhor que o acumulado em 2022, que foi de -6,8%. “Desde abril de 2022, a taxa acumulada em doze meses se mantém em queda, atingindo em agosto (-8,0%) o seu pior patamar”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada no ano e em doze meses

Fonte: PMC-IBGE

O Departamento de Economia do Sincomavi alertou em relatórios mensais anteriores que a tendência para 2023 seria o estancamento gradativo do cenário de baixa que permeou todo ano de 2022. “Os números de janeiro revelam uma insuficiente, sendo a primeira amostra dessa tendência”, adverte Jaime. “Não é algo a se comemorar, dado que houve quase uma estabilidade, mas sem dúvidas é um alento pós-períodos mais dificultosos”. Em sua opinião, a base mais fraca de comparação, a queda inflacionária e o baixo patamar de desemprego no país colaboraram e devem auxiliar os números do setor, porém provavelmente não serão vistos grandes evoluções no mercado, dadas as restrições que os juros e os patamares de endividamento e inadimplência elevados causam ao consumo familiar e aos níveis de investimentos empresariais.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


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