Espaço Publicitário

Estudo realizado a partir da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que em dezembro passado o volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo caiu 3,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O recuo foi mais ameno que o registrado em novembro, quando a queda alcançou os 5,4%. Em âmbito nacional, a perda de dezembro se mostrou mais forte, de -7,1% contra o último mês de 2021. Também houve desaceleração do cenário negativo quando comparado a novembro.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC-IBGE

Com a nova queda de vendas em dezembro, o desempenho acumulado de 2022 ficou no negativo em – 6,8% no Estado de São Paulo. No país a perda foi de – 8,7% no ano.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada no ano e em doze meses

Fonte: PMC-IBGE

Era esperada que a queda no volume de vendas no comércio de material de construção do Estado de São Paulo rondasse os 7%. Se por um lado a perda dos 6,8% interrompe os bons crescimentos anuais vistos desde 2017, e em especial nos dois anos de pandemia – em 2020 de +15,5% e 2021 de +5,5% -, por outro, o que se vê desde o último mês de agosto é uma amenização da taxa negativa no acumulado em 12 meses. “Naquele mês tal taxa marcava os -8%, recuando timidamente até os -6,8% de dezembro passado”, destaca o economista Jaime Vasconcellos.

Em suma, esse possível cenário já era apontado em estudos anteriores: aguardava-se perdas em 2022 tanto pela redução natural de ritmo pós forte evolução (base forte de comparação) como devido a deterioração da conjuntura de consumo e crédito no país. Isso em função dos avanços da inflação, juros e níveis de endividamento e inadimplência familiar. “A tendência para 2023 é o estancamento gradativo deste processo negativo. Ou seja, o ano deve ser marcado por uma maior estabilidade em relação a 2022, ainda que o cenário se caracterize por uma economia em geral mais desacelerada”, avalia Jaime.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


Espaço Publicitário