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Dados coletados pela Boa Vista mostram que houve uma elevação de 0,2% em dezembro no número de pedidos de crédito, tendo como referência o mês anterior. Já em relação à comparação interanual, dezembro do ano passado, ocorreu queda de 1,3%. Com esse resultado, o indicador encerrou o ano de 2022 com alta de 4,5%, mas manteve trajetória de desaceleração que tende a ser verificada também, segundo os analistas da Boa Vista, ao longo de 2023.

O segmento “Financeiro” contou com avanço de 15,8% no ano passado, menor do que o registro de 2021, quando contou com crescimento de 18,1%, e a tendência é de que essa curva se mantenha numa trajetória de desaceleração. O segmento “Não Financeiro” registrou a terceira queda anual consecutiva, desta vez de 3,0%. O indicador já havia recuado 2,2% em 2021 e 23,8% em 2020 em função da pandemia, que por muito tempo impossibilitou o acesso dos consumidores ao crédito nas instituições não-financeiras.

Fonte: Boa Vista

Para Flávio Califer, economista da Boa Vista, o volume de crédito se mostrou de modo geral bastante forte em 2022, sobretudo no segmento financeiro. “No começo do ano passado não se esperava por um crescimento nessa magnitude”, admite. “A desaceleração já começou e são muitos os fatores que apontam um cenário delicado em 2023, mas ainda assim a expectativa é de alta no mercado de crédito”. Em sua visão, a inadimplência já subiu consideravelmente, podendo ainda se elevar um pouco mais, e 2023 caminha para ser mais um ano de inflação e juros altos. “Podemos adicionar a isso toda a incerteza trazida pelo cenário fiscal, que tem feito com que as projeções de inflação e juros para o ano sejam revisadas para cima”, finaliza.


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