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Depois de ter sofrido em outubro passado a maior queda do ano na comparação com 2021, o volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo apresentou recuo mais ameno em novembro. A retração ficou em 5,2%, nível inferior aos -11,9% do mês anterior. No âmbito nacional, a queda continuou em dois dígitos, mais precisamente -10,9% em novembro, contra -12,8% em outubro, na contraposição com os mesmos períodos de 2021.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC-IBGE

A desaceleração em ritmo menor em novembro, principalmente no cenário paulista, mostra, segundo o economista Jaime Vasconcellos, um retorno aos patamares de recuos mensais entre agosto e setembro, o que fez com que o dado de outubro chamasse atenção negativamente por evidência. “Cabe ressaltar que tanto no acumulado do ano, como na taxa de doze meses, a queda no volume de vendas no estado se localiza em -7,1%. Em outubro, alcançou os -7,2%”, explica Jaime.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada no ano e em doze meses

Fonte: PMC-IBGE

Em resumo, a análise dos motivos para que 2022 seja mais fraco para o comércio de material de construção não muda. “A conjuntura mais desafiadora ao consumo – inflação, juros e endividamento/inadimplência – e a base forte de comparação com 2021 justificam os números negativos”, adverte. “O que é necessário ficar de olho aberto é o momento em que haverá estabilização de desempenho do setor”. Os números de novembro, ainda que negativos, são mais alentadores que os de outubro. A atenção agora recai sobre próximos dados, em especial deste primeiro semestre de 2023.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


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