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O volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo caiu 11,8% em outubro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo na comparação anual é o maior desde julho de 2022, período no qual a queda apresentada foi de 11,3%.

Em âmbito nacional, o resultado negativo chegou aos 12,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e, igualmente, se mostrou o recuo mais significativo desde julho, quando a retração atingiu os 13,7%.

Fonte: PMC-IBGE

Com essa desaceleração mais aguda em outubro, interrompe-se a sequência de duas amenizações seguidas da taxa negativa do desempenho acumulado no ano em território paulista. “Depois de atingir queda de 7,3% no acumulado até julho, houve o registro de -7,2% dos dados até agosto, e -6,7%, até setembro”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos. “Com os números atualizados até outubro o volume de vendas de material de construção mostra queda de 7,2% na comparação em relação aos primeiros dez meses de 2021”.

Já a taxa acumulada em 12 meses, na qual constam todas as sazonalidades do setor, há em outubro um recuo de 7,1% – o menor valor negativo desde julho passado.

Fonte: PMC-IBGE

Para Jaime, os dados de outubro podem ser entendidos literalmente como um “banho de água fria” no cenário menos negativo de agosto e setembro, principalmente quando comparados aos registrados no fim do primeiro semestre. “Alguns podem dizer que negativos por negativos, os números todos são, mas os dados de outubro quebram uma tendência inicial de estabilização do setor, pelo menos ao olharmos a taxa acumulada no ano”, avalia. Apesar disso, em 12 meses, ainda se mantém um quadro de amenização do indicador, o qual espera-se a sua continuidade para o último bimestre de 2022. “Os números ainda são negativos, mas em magnitudes menores que as de outubro. É possível perceber com clareza que a inflação ainda alta e os elevados índices de endividamento e inadimplência familiar continuam impactando o setor”.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


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