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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram um avanço na geração de emprego no varejo de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Foram 584 novas vagas em agosto, saldo de 3.785 admissões e 3.201 desligamentos. O economista Jaime Vasconcellos ressalta que esse desempenho positivo é menor que o registrado no mesmo mês de 2021, mas superior ao saldo de julho deste ano. Já na capital paulista houve a criação de 332 postos de trabalho com carteira assinada no setor, praticamente metade da vista em agosto de 2021, mas cerca de o dobro do saldo positivo de julho de 2022.

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Na Grande São Paulo, o saldo do mês foi puxado para cima pelo varejo de ferragens e ferramentas (+143 vagas) e pelos estabelecimentos de material de construção em geral (+182 vagas). Destaca-se que em todos os grupos avaliados foi registrado mais admissões que desligamentos neste período.

Fonte: Caged

São quase 3,1 mil empregos criados na RMSP no ano, mais uma vez com importante influência dos varejistas de ferragens e ferramentas e que comercializam material de construção em geral.

Fonte: Caged

Jaime pondera que há duas óticas a serem exploradas em relação ao desempenho do mercado de trabalho do varejo de material de construção da RMSP. “Se compararmos os últimos saldos com os obtidos em agosto do ano passado se vê forte desaceleração da geração de vagas – queda de cerca de 45% na RMSP e na Capital. Agora, em relação aos números de julho há avanço da criação de emprego, mais especificamente de 11,5% na Grande São Paulo e de quase 100% na capital paulista”. Ele lembra ainda que se em comparação a 2021 a realidade atual é de uma conjuntura mais desfavorável, seja em relação a juros, endividamento familiar e inflação, no curto prazo observa-se uma amenização do cenário mais desafiador verificado principalmente em relação ao ritmo de crescimento dos preços gerais da economia. “Ocorrendo ultimamente até deflações seguidas”, reforça. “Esta melhoria do cenário inflacionário, paralização do avanço dos juros e queda do desemprego em geral ajuda o fortalecimento da demanda e, naturalmente, das expectativas dos empresários do setor”.


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