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O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Varga (FGV IBRE), contou com uma elevação de 0,10% em setembro – valor inferior ao registrado no mês anterior (0,33%). Em 2022, o indicador acumula crescimento de 8,91% e, nos últimos doze meses, de 10,89%.

O INCC-M é composto pelos custos da construção com mão de obra e com Materiais, Equipamentos e Serviços. Enquanto o primeiro teve uma elevação no período de 0,26%, o segundo sofreu um recuo de -0,06% em razão, principalmente, da queda da taxa correspondente a Materiais e Equipamentos: -0,14%.

As categorias com as maiores variações negativas foram material metálico (-2,31%), produtos químicos (-0,85%) e instalação elétrica (-0,43%). Em contrapartida, ocorreram aumento de custos nos casos de material para pintura (+1,83%), material à base de minerais não metálicos (+0,60%), esquadrias e ferragens (+0,29%) e revestimentos, louças e pisos (+0,4%).

As maiores influências positivas, segundo os dados coletados pela FGV IBRE, ficaram por conta de massa de concreto, com variação de +2,76%, metais para instalações hidráulicas, +1,18%, e esquadrias de alumínio, +0,74%. As linhas de produtos que se destacaram em razão da queda nos preços são as seguintes: vergalhões e arames de aço ao carbono (-3,20%), tubos e conexões em PVC (-1,25%), impermeabilizante (-0,85%), argamassa (-0,77%) e tubos e conexões de ferro e aço (-0,56%).

Confiança

Em setembro, o Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE aumentou em 3,5 pontos, passando para 101,7 pontos. Esse é o maior nível registrado pelo levantamento desde novembro de 2012 (102,3 pontos). Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, considera com muito significativa a melhora de otimismo dos empresários do segmento, pois o indicador ultrapassou a marca da neutralidade. “Vale a ressalva que nem todos os segmentos setoriais avançaram na mesma direção, mas no segmento de Edificações houve uma recuperação importante que mostra um sentimento de confiança semelhante ao alcançado no início de 2014. O resultado da sondagem de setembro fortalece as projeções de um crescimento vigoroso para a construção em 2022, impulsionado pelo ciclo de negócios das empresas”. Apesar disso, ela faz uma ressalva em razão da continuidade das fragilidades fiscais do país, que devem, segundo sua análise, comprometer os investimentos públicos e a perspectiva da manutenção das taxas de juros elevadas por muito mais tempo.


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