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Dois indicadores da Fundação Getulio Vargas sobre o sentimento do empresariado nacional em relação aos negócios e a economia do país contaram em agosto com variação positiva. O Índice de Confiança do Comércio teve um avanço de 4,3 pontos no período, passando de 95,1 para 99,4 pontos. Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, comenta que, ao contrário do que vinha ocorrendo em meses anteriores, a alta ocorreu em razão da melhora das expectativas. “A desaceleração da inflação, medidas de estímulo do governo e melhora da confiança do consumidor contribuem no ânimo dos empresários do setor com os próximos meses”. No entanto, ele faz uma ressalva: “Embora mais otimistas, isso não tem se refletido nas avaliações sobre o presente, já que pelo segundo mês consecutivo os indicadores que medem a demanda seguem em queda”. Em sua opinião, nos próximos meses o indicador deve continuar numa tendência de alta. Apesar disso, Rodolpho recomenda cautela em função do ambiente macroeconômico permanecer ainda num estágio frágil e com alguma oscilação devido à proximidade das eleições.

Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) teve uma elevação de 2,2 pontos em agosto e atingiu os 100,7 pontos – maior nível alcançado desde agosto de 2021 (102,5 pts.). Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV IBRE, explica que, com a alta deste mês, a confiança empresarial retoma a trajetória ascendente iniciada em março passado. “Pela primeira vez desde o início da pandemia, o nível da confiança dos quatro grandes setores acompanhados se aproxima, sinalizando uma saudável normalização das atividades após uma crise que afetou de forma bastante heterogênea os diferentes segmentos econômicos”.


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