A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou em junho uma queda de 0,7% no volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo em relação ao mesmo mês do ano passado. Este foi o terceiro resultado negativo seguido do setor, ainda que tenha sido menor em comparação ao registrado em maio (-10,3%). Os dados nacionais, por sua vez, em junho contaram com um recuo de 11,4% – retração mais aguda ante ao verificado no mês anterior, período no qual o indicador ficou em -7,7% na comparação com maio de 2021.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior
O economista Jaime Vasconcellos ressalta que devido a nova retração, o volume de vendas de material de construção na economia paulista amarga queda acumulada de 6,3% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2021, e de 6,9% no desempenho acumulado dos últimos doze meses da pesquisa.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção no Estado de SP – Acumulado no ano e taxa de 12 meses
“Os números de junho não são muito distintos daqueles vistos em maio”, avalia Jaime. Isso porque as vendas do setor em 2022 amargam uma difícil comparação com o forte desempenho visto em 2021. Esta comparação contra uma base forte, aliada a um cenário mais difícil no que tange a juros, inflação e endividamento dos consumidores justificam os resultados do primeiro semestre. “Considerando os bons resultados também da segunda metade do ano passado, não se espera mudança consistente do cenário aqui posto aos próximos meses”, opina.
OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.
