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O custo da construção no Estado de São Paulo atingiu em julho os R$1.770,29 por m², segundo o Índice Nacional da Construção Civil (INCC– Sinapi), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor representa um avanço de 1,12% em relação a junho, período no qual o custo ficou em R$1.750,60. Naquele mês a inflação mensal havia sido de 2,41%. Já em contraposição aos números de julho do ano passado ocorreu um crescimento de 14,04%, percentual abaixo dos 15,43% medidos na comparação interanual de junho.

Do custo médio total do m² da construção, 56% são compostos pelo gasto com materiais (R$ 990,84) e 44% com mão de obra (R$ 779,45). Em julho, da elevação total de R$19,69 por m², apenas R$ 3,35 veio do aumento de custo com a mão de obra (+0,43% no mês), enquanto R$16,34 teve como origem o custo com materiais (+1,68% no mês).

Nos últimos 12 meses o preço por m² com materiais cresceu em 13,93% e o valor relativo à mão de obra outros 14,16%. Neste caso, dos R$217,81 a mais que se paga para o custo total de m² do projeto neste período de um ano, R$121,13 foi devido ao aumento com materiais e R$96,68 com a mão de obra.

Fonte: IBGE

O economista Jaime Vasconcellos relembra que já existia a previsão de ocorrer nos dados de julho o retorno de aumento de peso dos preços dos materiais de construção na composição dos custos totais do m² da obra. “Novamente esclarecemos que a transferência dessa maior responsabilidade pelo avanço dos preços para o custo com mão de obra foi temporária e sazonal, devido ao período de reajustes salariais dos trabalhadores do setor, normalmente entre maio e junho de todo ano”, afirma. E ressalta: “Ainda que se comemore o arrefecimento da inflação da construção em julho, não estamos falando de deflação”. Isso porque, em sua opinião, os preços estão apenas subindo de forma mais amena. “E olha que o crescimento mensal de 1,68% dos materiais é um patamar significativo e sinal de menor oferta de mercadorias ou persistência de forte demanda por parte dos consumidores”, adverte.


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