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258 vagas foram criadas no comércio varejista de materiais de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O resultado, proveniente de 3.513 admissões e 3.255 desligamentos, é menor que o visto em maio, período no qual ocorreu a geração de 623 postos de trabalho. Houve também arrefecimento no saldo positivo entre maio e junho da capital paulista. Neste caso foram +271 vagas contra +108, respectivamente

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção – RMSP e São Paulo/SP

Dos nove grupos específicos de atividades analisadas, em sete houve o registro de mais admissões que desligamentos. Os destaques positivos: varejo de material elétrico (+103 vagas) e ferragens e ferramentas (+62 vagas). Por outro lado, houve queda no varejo de vidros (-3 vagas) e nos estabelecimentos dedicados à comercialização de cal, areia, pedra, tijolos e telhas (-17 vagas). O estoque total do setor atingiu em junho o patamar de quase 89,9 mil vínculos empregatícios com carteira assinada.

O economista Jaime Vasconcellos ressalta que, considerando o resultado acumulado no primeiro semestre de 2022, são 2.009 novos empregos no varejo de materiais de construção da Grande São Paulo, com 21.650 admissões e 19.641 desligamentos. Em comparação com o mesmo período do ano passado, registrou-se uma queda de 60% no saldo positivo do setor. “Como referência, nos primeiros seis meses de 2021 o saldo positivo de vagas foi de 4.972 vagas”, destaca.

Os números de junho do mercado de trabalho do varejo de materiais de construção mostram redução significativa do saldo positivo de vagas seja em relação aos resultados dos dois meses anteriores, seja na comparação interanual, contra o desempenho de junho de 2021. Jaime comenta que os números do primeiro semestre apresentam o cenário de desaceleração que há tempos os estudos do Sincomavi vêm projetando dos movimentos mensais do mercado de trabalho. “Ainda que se comemore a criação de mais de 2 mil novas vagas este ano, o resultado é menos da metade do que se viu no mesmo período do ano passado”, lamenta Jaime. Além de uma estabilização esperada, pós fortes números nos meses anteriores, não se retira da equação os impactos de preços mais elevados, crédito mais caro, bem como acréscimos às taxas de endividamento familiar também observadas no atual ano. Este cenário também freia os indicadores do setor. Em sua opinião, a tendência para o segundo semestre é de continuidade de saldos positivos, mas novamente em patamares inferiores aos registrados no ano passado.


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