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A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o volume de vendas do comércio de materiais de construção no Estado de São Paulo apresentou em maio um recuo de 10,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Este é o pior desempenho na comparação interanual (maio/2022 x maio/2021) desde outubro de 2021 (-15,3%). O resultado também é mais agudo do que o registrado em abril, período no qual a queda ficou em 7,5%. Já no âmbito nacional o resultado negativo de maio foi de 7,7%, mais ameno que os -9,9% vistos em abril.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: IBGE

Com a queda significativa observada em maio, no acumulado do ano o volume de vendas de materiais de construção está negativo em 5,5%. Patamar idêntico ao período de doze meses. “Inclusive, neste último caso, temos o pior resultado desde fevereiro de 2017, quando a taxa de doze meses estava em -7,5%”, observa o economista Jaime Vasconcellos.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção no Estado de SP – Acumulado no ano e taxa de 12 meses

Fonte: IBGE

“Não é de agora que temos alertado que o volume de vendas de materiais de construção passaria em 2022 por um processo de reequilíbrio pós grande avanço visto entre julho de 2020 a meados de 2021”, ressalta. Os números de 2022, e especialmente maio, em sua opinião, mostram tal realidade. “Seria algo natural, primeiro por estarmos contrapondo o atual período contra uma base muito forte – ainda mais no mês de maio que houve reabertura dos estabelecimentos no Estado após fim das fases emergenciais e de transição do Plano São Paulo, segundo em razão da conjuntura do momento – juros, inflação, endividamento e inadimplência – mais difícil ao consumo das famílias e de investimentos às empresas”, reforça.

Para Jaime, ainda que tenha sido atingido o segundo melhor mês de maio da história do indicador, realmente é impossível não lamentar o arrefecimento observado. “Sobretudo se olharmos também as curvas do ano e em doze meses”, pontua. E complementa: “Todavia, a tendência é que as quedas sucessivas na comparação interanual sejam ao menos amenizadas no segundo semestre, sabendo desde já das incertezas que rondarão nosso ambiente econômico e político no período que se horizonta”.

Obs: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


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