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O volume de vendas do comércio de material de construção paulista novamente apresentou retração de vendas na comparação interanual, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro de 2021 a queda foi de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. É o quinto recuo seguido e mais uma vez o desempenho negativo das vendas na economia paulista foi mais agudo que no âmbito nacional (-4,1%). Ainda assim, as variações apresentadas em novembro se mostram menos acentuadas que as registradas nos meses anteriores, tanto no mercado do Estado de São Paulo como no nacional.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: IBGE

O economista Jaime Vasconcellos comenta que ao ser observado o desempenho acumulado no ano e nos doze meses, até o mês de novembro, há constância no arrefecimento do volume de vendas do segmento comercial em questão. “No Estado de São Paulo este indicador se mantém positivo em +6,6% em relação ao período janeiro-novembro de 2020, ao mesmo tempo que cresce 8,0% no acumulado do início de dezembro de 2020 ao fim de novembro de 2021”, detalha.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de SP – Acumulado no ano e taxa de 12 meses

Fonte: IBGE

Ele acredita ser difícil, bem como incorreto, comemorar um desempenho mensal negativo de vendas, mas a informação trazida sobre o volume do comércio de material de construção do Estado de São Paulo em novembro precisa ser contextualizada para um olhar em que a queda apresentada foi menos aguda que as observadas em setembro e outubro. “Ao mesmo tempo, essa performance freia um processo de agravamento deste quadro visto desde o início do semestre”. Em sua opinião, o cenário está longe do ideal. No entanto, pode representar um sinal do início de um processo de reequilíbrio do setor, dado que as informações do segundo semestre de 2021 são comparadas a uma base forte, com a segunda metade de 2020. “Enquanto os efeitos estatísticos trazidos pelos desdobramentos inéditos da pandemia existirem, será difícil observar mais as tendências setoriais. Todavia, em novembro o desempenho do setor pode ter sido aliviado pela injeção da primeira parcela do décimo terceiro salário na economia, o que ajuda a justificar esta fotografia”, finaliza.


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