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Após duas desacelerações seguidas, a geração de emprego com carteira assinada no comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) voltou a crescer. Em novembro foram criadas 579 novas vagas, após 3.079 admissões e 2.500 desligamentos. Este desempenho representa praticamente o dobro da evolução vista em outubro, ainda que tenha sido inferior ao saldo auferido em setembro. Em São Paulo (SP) também houve avanço do desempenho positivo, após a geração de 245 postos de trabalho contra +169 vagas de outubro.

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Dentre as nove atividades analisadas pelo Departamento de Economia do Sincomavi, destaques no mês às lojas de material de construção em geral (+188 vagas) e estabelecimento varejistas de ferragens e ferramentas (+127 vagas). Por outro lado, o segmento de cal, areia, pedra, tijolos e telhas foi o único próximo da estabilidade, com saldo positivo de apenas 2 empregos. Ao todo, os segmentos avaliados somam quase 90 mil vínculos empregatícios ativos.

Considerando o desempenho acumulado de 2021, há evolução de 8.258 vagas. Já nos últimos doze meses, do início de dezembro de 2020 ao fim de novembro de 2021, o saldo é superior a 8,1 mil empregos. Ressalta-se que todos os setores evoluíram no ano e em doze meses, com destaques novamente aos avanços absolutos no varejo de material de construção em geral e de ferragens e ferramentas.

O economista Jaime Vasoncellos acredita que os números de novembro foram uma boa notícia ao setor de material de construção e congêneres, principalmente em função do cenário recente de arrefecimento das vendas e da própria capacidade empresarial de manter o ritmo de geração de vagas com carteira assinada. “Contudo, há de se ter uma ‘comemoração’ tímida, pois observando os desempenhos de outros meses de 2021 e do próprio mês de novembro do ano passado, o patamar de criação de vagas não chega a ser tão significativo, algo esperado e aqui mesmo debatido”, avalia.

Em sua opinião, com o avanço de novembro, é possível perceber que os estabelecimentos do setor buscaram investir em mão de obra já esperando os efeitos positivos da injeção do décimo terceiro salário na economia, ainda que o segmento não seja aquele maior beneficiado naturalmente do consumo nas festas de fim de ano.


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