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Dados recentes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o volume de vendas do comércio de material de construção apresentou nova retração de vendas na comparação interanual. Em outubro o recuo foi de 15,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado no Estado de São Paulo – a quarta queda seguida e a primeira vez que o desempenho negativo nas vendas da economia paulista foi mais acentuado que no âmbito nacional (-13,7%) para este período recente.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: IBGE

Ao se observar o desempenho acumulado no ano e nos doze meses até o mês de outubro, há continuidade na desaceleração do segmento comercial em questão. No Estado de São Paulo o volume de vendas no comércio de material de construção avançou 8,1% em relação ao período janeiro-outubro de 2020 e cresce 10,6% no acumulado entre novembro de 2020 a outubro de 2021. No mês de setembro os percentuais eram respectivamente positivos em 11,5% e 15,0%.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de SP – taxa de 12 meses e do acumulado no ano

Fonte: IBGE

“Ainda que em 2021 o segmento de material de construção possua o terceiro melhor desempenho em volume de vendas no Estado de São Paulo, dentre as atividades que compõem o setor comercial, e em 12 meses esteja com o segundo melhor resultado, o que se nota desde julho é um processo de desaceleração deste segmento em relação ao mesmo período do ano passado”, avalia o economista Jaime Vasconcellos.

Em sua opinião, essa desaceleração torna-se cada vez mais acentuada, dado que ao mesmo tempo que no segundo semestre de 2020 houve forte recuperação das vendas, a realidade atual é de queda do consumo frente a uma alta e persistente da inflação – seja de mercadorias do setor e em geral da economia brasileira. Soma-se a isso a união entre custo de crédito mais elevado e avanço do endividamento das famílias.

“Em setembro, alertamos que a magnitude desta acomodação do setor condicionaria o nível de preocupação que o Sincomavi teria com o desempenho de vendas das atividades empresariais sob sua representação”, ressalta. “A despeito do ano positivo, a realidade traz preocupação no sentido da velocidade desta retração, ainda mais porque os condicionantes ao consumo, citados acima, não parecem no curto prazo que irão se modificar, isto é, a redução no ritmo de vendas deve prevalecer até o fim do ano e trazem sinal de alerta para 2022”.


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