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Os comerciantes que acompanharam o Painel “Os novos cenários e desafios na gestão do varejo”, realizado em 05 de outubro, dentro da programação da Feicon Live Show, tiveram a oportunidade de conhecer os principais pontos que necessitam atenção especial dos gestores nos próximos meses. Flávia Pini, sócia da HiPartners, foi a mediadora do evento, que contou ainda com Jaime Vasconcellos, economista do Sincomavi, Alexandre Quinze, CEO da Trutec, e Henrique Carbonell, CEO da F360°.

Confira a íntegra do painel no Youtube

Jaime Vasconcellos comentou em sua apresentação os pontos que devem receber atenção redobrada dos comerciantes. O desempenho de vendas, por exemplo, que se mostrou forte a partir do terceiro trimestre do ano passado, revela um quadro bastante claro de reequilíbrio de mercado. “Em 2021 foi possível verificar dois movimentos bem distinguíveis de alta”, explicou. “O primeiro, que culminou com a elevação de 44% em abril – uma questão estatística, pois a base de comparação foi muito fraca. Já no segundo quadrimestre de 2021, os valores de crescimento se mostraram menores em razão do desempenho do segundo semestre do ano passado ter sido bastante forte”.

Se por um lado, a taxa de juros causa preocupação, principalmente por influenciar o financiamento imobiliário, por outro, a disponibilidade de crédito garante um equilíbrio. “O crédito é o ambiente que dá um pouco de segurança em relação ao ritmo do varejo de material de construção, bem como do mercado imobiliário, que pode até ser um pouco menor”, ressaltou Jaime. A indústria imobiliária tem apresentado bons números no lançamento de imóveis residenciais e vendas e a tendência de continuidade nesses resultados nos próximos meses.

Jaime citou ainda outros pontos sensíveis e que podem atrapalhar as operações do comércio: o avanço dos preços dos materiais de construção e o desabastecimento. “Não há tendência de queda no valor de matérias primas. Isso significa continuidade de aumento na inflação setorial para os próximos meses e margens mais apertadas”. A falta de produtos também é uma possibilidade real em razão da crise logística enfrentada pelos paises do leste asiático, sobretudo a China, com prazos de entrega mais alargados e custos mais elevados de frete. Tal quadro deve ser levado em consideração pelo comerciante na composição de estoques e promessa de vendas.

Alexandre Quinze, CEO da Trutec, traçou um cenário positivo sobre as possibilidades de digitalização do micro e pequeno varejo. Hoje, ele estima que esse perfil de empresa é responsável por 85% das vendas de material de construção – um segmento considerado ainda muito pulverizado. Para manter a eficiência e garantir a sobrevivência do negócio, o empresário do setor precisa se valer de modernas ferramentas de gestão. “São soluções de inteligência no ponto de venda: shopping de preços, sell-out, eficiência em campanhas, entre outros. Tudo de forma automatizada”. Muitas dessas ferramentas não exigem investimento dos participantes e são realizadas remotamente, sem a necessidade de instalação de softwares na loja. A promessa dessas soluções é aumentar a eficiência e a rentabilidade das operações.

Já Henrique Carbonell, CEO da F360°, lembrou que fazer a gestão de uma loja no passado era algo relativamente simples: todas as transações passavam pelo caixa da empresa em forma de dinheiro vivo e algumas vendas em cartão de crédito. No final do mês o resultado aparecia de forma clara. Hoje, com a digitalização dos meios de pagamento e as diferentes plataformas de vendas, essa realidade se mostra bastante diferente. “Criamos um sistema de recuperação, em 2018, é foi possível verificar que cerca de 2% das vendas com cartão de crédito não eram recebidas pelas empresas seja por erro na taxa, por venda não acatada ou por outra dificuldade operacional”. Em outras palavras, o varejista que não faz com eficiência a conciliação de suas vendas acaba deixando de faturar quase 2% de suas vendas no cartão de crédito.

O quadro atual dos varejos apresenta uma alto volume de transações, o que representa uma grande dificulgade de gestão e a disponibilidade de muitas informações importantes para a alavancagem das vendas. Diante disso, somente com o uso de tecnologia é possível otimizar e automatizar esses processos. “A transação não ocorre somente na loja, mas também no marketplace, e-commerce, Rappi, Whats e outros canais”, argumentou Henrique. É preciso ter uma estrutura organizada, que verifique todas as perdas financeiras, que afetam o fluxo de caixa e a rentabilidade. Esse disperdício de recursos só pode ser contido com a ajuda da tecnologia em razão do volume de dados envolvido. “É impossível fazer isso manualmente”, advertiu.

Confira o conteúdo completo do Painel “Os novos cenários e desafios na gestão do varejo” no link abaixo.


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