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Entra em vigor, em 07 de junho deste ano, o registro de recebíveis de cartão de crédito, que pretende proporcionar maior segurança e agilidade a todo o sistema. As últimas projeções apontam que o mercado de antecipação de recebíveis no Brasil gira em torno de R$ 1,5 trilhão por ano. “Em 2019, cerca de 63% do volume transacionado em cartões correspondeu a movimentações feitas por cartão de crédito, um aumento de 19,8% em relação ao ano anterior”, ressalta Gustavo Muller, Chief Executive Officer (CEO) da Monkey Exchange. E complementa: “Então, estamos falando de um mercado gigante e em crescimento”.

As mudanças regulatórias previstas pretendem dar maior solidez estrutural, proporcionando tranquilidade e facilidade de gerenciamento às empresas. Maurício Guerra, gerente de desenvolvimento de negócios da Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP, acredita “que todo o mercado ganhará, pois com a operação de registro de recebíveis, além de maior rastreabilidade dos recursos, haverá maior segurança nas operações”. Por sua vez, Gustavo Muller, da Monkey Exchange, destaca a nova dinâmica que será proporcionada aos estabelecimentos comerciais, com a possibilidade de registrar o direito ou recebível, bem como a agenda de recebimento. Além disso, o registro poderá ser total ou parcial, permitindo ao comerciante antecipar apenas o que necessita. “Esse formato trará mais segurança e visibilidade de todo o processo”, garante. Outro benefício apontado é o acesso a potenciais financiadores ou compradores de recebíveis por meio de plataformas especializadas. Em outras palavras, o maior volume e quantidade de interessados pode representar uma menor dependência e risco para a gestão do negócio dos varejistas, que hoje limitam suas transações a alguns bancos e adquirentes.

Novo cenário

Com o passar do tempo, o sistema de antecipação de recebíveis acabou por ser tornar um grande aliado dos estabelecimentos comerciais. “Com essa ferramenta, as empresas podem antecipar os recebimentos de suas atividades de forma a garantir uma gestão mais eficiente de seu caixa” avalia Maurício, da Sicredi. “No mercado possuímos diversas opções, entre as mais comuns, antecipação de recebíveis oriundas das vendas realizadas pela máquina de cartões ou por meio de antecipação de duplicatas, os boletos”.

Gustavo Muller, fundador e CEO da Monkey Exchange. Foto: Patrícia Cançado

Gustavo (foto) considera que os produtos de antecipação de agenda de cartões estavam muito concentrados nas grandes credenciadoras. As mudanças promovidas são um incentivo ao surgimento de novas soluções. A Skipe, plataforma digital da Monkey Exchange, segundo seus idealizadores, busca preencher essa lacuna ao oferecer melhores condições aos lojistas na antecipação de seus recebimentos futuros. “Nossa proposta é empoderar os pequenos e médios estabelecimentos comerciais, criando e oferecendo um ambiente de taxas mais competitivas e maior oferta de crédito”. Ele explica que a plataforma permite ao usuário visualizar tudo o que tem a receber das adquirentes, cotar uma antecipação com vários bancos e fundos e, por fim, contratar a melhor opção no momento.

Diante disso, o quadro criado se apresenta bastante promissor aos comerciantes. “Essa maior concorrência fará, em um curto espaço de tempo, com que as taxas de antecipação caiam para níveis mais adequados ou compatíveis aos riscos”, comenta Gustavo. “Hoje existe um diferencial de taxa muito grande, entre o que o risco de fato vale e o que é aplicado na antecipação”. Em sua opinião, os recursos para antecipação ficarão mais abundantes, com expansão do mercado de crédito e taxas de desconto mais baixas, o que adicionará ao segmento de varejo maior competitividade, o que pode ser traduzido em crescimento, inovação e investimento. “Com dinheiro na mão, o comerciante poderá negociar melhores condições de aquisição ou negociação de prazos de pagamento, melhorando seu fluxo de caixa ou elevando sua margem. De fato, o cenário é superpositivo”, finaliza.


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