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Pelo sexto mês consecutivo o mercado setorial de trabalho formal da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentou avanço. Foram 52 novas vagas em dezembro, resultado de 1.962 admissões e 1.910 desligamentos. O setor já havia gerado 926 postos de trabalho no mês anterior, novembro.  Com a adição dos dados mais recentes, registra-se pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que o segmento gerou na RMSP um total de 4.838 vínculos no período de julho a dezembro. Dessa forma, o resultado ficou acima do saldo de empregos entre março e junho, pior momento da pandemia da Covid-19 no ano, quando foram extintas 4.818 vagas. “Acrescentando os desempenhos do primeiro bimestre, observa-se no ano avanço de 767 novos postos de trabalho em 2020”, afirma o economista Jaime Vasconcellos.

Na cidade de São Paulo houve geração de 121 vagas em dezembro de 2020. Apesar de positivo, o saldo no acumulado se mostrou mais tímido: 93 postos de trabalho criados.

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção em 2020 – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged | Elaboração e cálculos: Sincomavi

A maioria das categorias do varejo de materiais de construção da RMSP contou com crescimento no volume de empregos em dezembro. “Os principais destaques foram as lojas de materiais de construção em geral (+57 vagas) e de madeira e artefatos (+24 vagas)”, ressalta Jaime. E lembra: “Ao todo o setor é composto por quase 86 mil vínculos formais ativos”.

O saldo positivo de 767 vagas em 2020 ficou concentrado no varejo de ferragens e ferramentas (+554 vagas), o qual participou com praticamente 70% do desempenho total. Em números absolutos, a maior retração ocorreu nos estabelecimentos de tintas e materiais para pintura (-73 vagas).

Jaime explica que os números do emprego formal no varejo de materiais de construção da RMSP são melhores do que o esperado para 2020. “No auge dos impactos mais agudos da pandemia, entre março e junho, esperava-se que a retração mais severa do indicador seria uma realidade para o fechamento do ano.  O que se viu foi um saldo positivo de quase 800 vagas, que ao comparar-se as mais de 1800 vagas de 2019 parece ruim, mas há de se comemorar”, argumenta.

Com a caracterização de essencialidade do setor e a consequente permissão para o atendimento presencial durante toda quarentena, a demanda foi aquecida, principalmente após junho, tanto receitas quanto investimentos em mão de obra formal acabaram por acelerar as contratações. “Como tais indicadores caminham juntos, razoavelmente o que se viu foi um segundo semestre de crescimento a ponto de o ano fechar no positivo”.

Em sua opinião, ainda que o mercado imobiliário se mantenha crescendo em 2021, a conjuntura do segmento deverá sentir os impactos negativos da inflação setorial, fim dos auxílios emergenciais, desemprego se elevando e juros com início de ascensão. “A expectativa é por números positivos de vendas, mas distante das taxas de crescimento vistas na comparação anual dos meses do segundo semestre no ano passado”, adverte. Jaime acredita que esse cenário deverá atingir a capacidade do setor de gerar vagas.


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