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Pelo quarto mês consecutivo, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getulio Vargas (FGV), contou com recuo. Em janeiro, o indicador caiu 0,9 ponto, passando de 91,7 para 90,8 pontos. Essa perspectiva continua sendo motivada pela redução no ritmo de vendas, resultado da cautela dos consumidores. Para Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE, apesar do avanço das expectativas em relação aos próximos meses, a melhora ainda não reflete otimismo, apenas uma redução do pessimismo. “Diante desse cenário, ainda não é possível vislumbrar uma retomada consistente do setor nos próximos meses, que depende da recuperação do mercado de trabalho e da confiança do consumidor “.

A FGV analisou ainda possíveis variações na visão entre os segmentos de bens essenciais e demais bens. Logicamente, o primeiro grupo, comércio de bens essenciais, apresenta uma percepção mais estável durante toda a pandemia em razão da permissão para a abertura dos pontos de venda. No entanto, diante do quadro de incertezas e impactos negativos sucessivos da quarentena na economia do país, a confiança desses empresários começou a ser minada e alcançou nível similar aos demais setores do comércio. “A cautela dos consumidores, o fim dos programas emergenciais do Governo, e a lenta recuperação do mercado de trabalho contribuem para essa piora, principalmente quando se trata de revendedores de bens não essenciais”, avalia Tobler.


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