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Muitos empresários do segmento foram pegos de surpresa em razão da alta sofrida em contratos indexados ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), do Instituto de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE), utilizado principalmente na correção de aluguéis, serviços públicos e licenças de softwares. Em 2020, houve uma variação de 23,14% neste indicador e a razão para tal fenômeno é muito simples, o IGP-M é composto por outros índices com os seguintes pesos: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), 60%; Índice de Preços ao Consumidor (IPC), 30%; e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), 10%. Vale a pena ressaltar que o IPA, muito influenciado pelo câmbio, contou com aumentos em vários itens durante o ano passado ligados ao agronegócio e comodities, como bovinos, soja, milho e minério de ferro, o que contribuiu decisivamente para a elevação do IGP-M.

O economista Jaime Vasconcellos afirma que a única maneira de resolver a situação nos contratos vigentes é buscar uma solução amigável com o fornecedor, o que nem sempre se mostra possível. “O empresário precisa ficar atento na hora de fechar o acordo e negociar as bases a partir de um índice menos sujeito a variações bruscas. De forma prática, o quando você é o cliente, o melhor índice a reger seus contratos deve ser aquele que mais impacta sua renda e reflete o seu próprio padrão de consumo.”, aconselha. Um bom exemplo é o Índice Nacional ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que está atrelado aos produtos de consumo familiar e, por essa razão, apresenta uma evolução menos oscilante. No ano passado, o IPCA acumulou uma elevação de 4,52%.

Outros indicadores comumente utilizados são o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE, e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que registraram em 2020 crescimento de 5,45% e 5,62%, respectivamente.


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