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Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, o comércio de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) conseguiu criar 943 empregos com carteira assinada em novembro de 2020. Foram 2.778 admissões e 1.835 desligamentos no período. O economista Jaime Vasconcellos ressalta que este foi o quinto saldo positivo seguido após a extinção de vagas vista entre março e junho.

Com os dados mais recentes, registra-se pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que de julho a novembro o setor gerou na RMSP um total de 4.788 vagas. É praticamente o mesmo número de empregos perdidos entre março e junho, quando foram extintos 4.824 postos de trabalho. “Isto representa uma recuperação de 99,25%. Acrescentando os desempenhos do primeiro bimestre observa-se no ano avanço de 708 novos postos de trabalho em 2020”, comenta Jaime.

Na cidade de São Paulo houve crescimento de 468 vagas no varejo de materiais de construção. No ano ainda há redução tímida com -23 vagas. Já entre julho e novembro há um saldo positivo de 2.410 empregos. Ou seja, recuperação de 81,2% das 2.967 vagas cortadas entre março a junho.

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção em 2020 – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Todos os segmentos do varejo de material de construção na Grande São Paulo contaram com desempenho positivo do emprego formal em novembro. Destaques para as lojas de materiais de construção em geral (+395 vagas), estabelecimentos de ferragens e ferramentas (+276 vagas) e de materiais elétricos (+114 vagas). Ao todo o setor é composto por quase 86 mil vínculos formais ativos.

Em 2020, o saldo positivo de 708 vagas foi concentrado no varejo de ferragens e ferramentas (+631 vagas), o qual participou com praticamente 90% do desempenho total. Em números absolutos a maior retração ocorreu nos estabelecimentos de tintas e materiais para pintura (-87 vagas).

Jaime acredita que os números de novembro mostram novo capítulo da recuperação do emprego pelo varejo de materiais de construção da Grande São Paulo. “Ainda que sejam sensivelmente arrefecidos em relação aos dados de outubro, os números positivos mais recentes foram o bastante para, na região, recuperarmos as vagas extintas no período de pior impacto econômico trazido pela pandemia, isto é, de março a junho de 2020”. Em sua opinião, tal cenário descreve como a demanda aquecida no segundo semestre afetou o resultado de vendas e consequentemente o mercado de trabalho do setor. “Esse desempenho não apenas é sinal de capacidade financeira empresarial para o investimento em mão de obra, mas demonstra necessidade de incremento do quadro funcional frente a uma demanda aquecida e certo otimismo temporal de sustentabilidade de tal quadro, ainda que 2021 seja obviamente marcado por um crescimento de receitas e emprego menos agudo que dos últimos seis meses de 2020”.  


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