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Pelo quarto mês consecutivo houve recuperação do mercado de trabalho do varejo de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Foram criados em outubro 1.026 postos de trabalho com carteira assinada – resultado de 3.145 admissões e 2.119 desligamentos, conforme dados do Caged.

A evolução do indicador, entre julho e outubro, mostra a geração de 3.811 empregos, o que representa a recuperação de 80% das vagas perdidas no pior momento dos impactos da pandemia (de março a junho), período no qual ocorreu a eliminação de 4.750 vagas.

As informações referentes ao município de São Paulo também revelam também a tendência de retomada no nível de empregos. A comparação dos períodos em destaque, de março a junho, com o corte de 2.935 vagas, e de julho a outubro, com a abertura de um total de 1.930 postos, mostra uma recuperação de 65,5% da movimentação da mão de obra. O comércio varejista de material de construção gerou em outubro 532 novas vagas. Apesar disso, vale a pena ressaltar que o acumulado do ano ainda registra perda de 475 postos de trabalho com carteira assinada

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção em 2020 – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Já na análise por segmento é possível observar que o crescimento do emprego formal em outubro novamente ocorreu em todos os grupos. Destaque para os números absolutos dos estabelecimentos de materiais de construção em geral (+463 vagas), varejo de ferragens e ferramentas (+222 vagas) e o comércio varejista de material elétrico (+141 vagas).

No ano, o segmento se aproxima de uma estabilidade do mercado de trabalho, com saldo residual negativo de 174 empregos, sendo -319 no varejo de materiais de construção em geral, -186 nas lojas de materiais elétricos e -128 nos estabelecimentos de tintas e materiais para pintura. Os bons resultados se concentram nas lojas de ferragens e ferramentas (+316 vagas).

Para o economista Jaime Vasconcellos, o desempenho de outubro apenas reforça a rápida retomada do mercado de trabalho setorial na Região Metropolitana de São Paulo pós primeiros impactos da Covid-19 e todo processo de transformação socioeconômica inerentes à pandemia. “Na cidade de São Paulo, epicentro de casos, a reação é mais lenta, todavia, significativa”, avalia. E complementa: “A demanda aquecida proporciona capacidade financeira e necessidade de alimentação do quadro funcional dos estabelecimentos do setor”. Em sua opinião, a sustentabilidade do ritmo não deve se manter para 2021, ainda que o horizonte de resultados seja melhor na atividade em comparação aos outros segmentos do varejo.


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