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Os resultados de setembro do mercado de trabalho do varejo de materiais de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) mostram que o setor conseguiu reativar 58,5% das vagas fechadas nos piores momentos da pandemia. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam ainda que, de março a junho, se extinguiu 4.754 postos de trabalho, porém no saldo de julho a setembro, foram recuperadas 2.779 vagas. Neste último mês o segmento gerou 972 novos empregos, com 2.786 admissões e 1.814 desligamentos neste período.

Na cidade de São Paulo, de março a junho, houve o corte de 2.935 vagas. Entretanto, entre julho e o fim de setembro, ocorreu a criação de 1.413 empregos, isto é, recuperou-se praticamente 50% da movimentação da mão de obra. Em setembro, 518 vínculos foram gerados no comércio varejista de materiais de construção. No ano, por outro lado, há perda de 993 postos de trabalho com carteira assinada

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção em 2020

Fonte: Caged

O crescimento do emprego formal ocorreu em todos os segmentos, mas os destaques em números absolutos ficam para as lojas de materiais de construção em geral (+484 vagas), ferragens e ferramentas (+195 vagas) e material elétrico (+84 vagas).

Fonte: Caged

No ano, porém, ainda se amarga a perda de 1.224 empregos, sendo 801 no varejo de materiais de construção em geral, 322 nas lojas de materiais elétricos e 130 nos estabelecimentos de tintas e materiais para pintura.

Fonte: Caged

“Apesar da geração de emprego formal no varejo de materiais de construção da RMSP se apresentar sensivelmente mais arrefecida em setembro do que o registrado no mês anterior, se manteve a tendência de significativo saldo positivo de vagas”, comenta o economista Jaime Vasconcellos. “Isso mostrou que no terceiro trimestre foi recuperado quase 60% dos postos de trabalho perdidos nos piores momentos da pandemia, entre março e junho”. Os resultados setoriais revelam ainda que a média de recuperação obtida foi bem superior ao total alcançado pelo comércio varejista estadual, por exemplo, que retomou 25% dos empregos na comparação dos mesmos períodos.

O terceiro trimestre do ano foi marcado por uma demanda aquecida no setor e os bons números se traduziram em maior receita de vendas e, naturalmente, incremento do quadro funcional. “Os próximos meses estão condicionados a dois desafios setoriais, inflação mais pesada e até mesmo desabastecimentos pontuais”, ressalta. Em sua opinião, outro fator conjuntural mais macro que deve ser observado é o enfraquecimento da demanda com a mesma elevação de preços e do desemprego, assim como possivelmente para 2021 evolução da taxa de juros.


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