Espaço Publicitário

Como já era esperado, o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), contou com uma variação positiva de 1,15% em setembro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,82%. Com isso, o indicador acumula no ano alta de 4,57%. Em doze meses, esse aumento alcança os 5,01%. Boa parte dessa elevação pode ser atribuída aos preços dos materiais para construção. A taxa do indicador relativo a materiais, equipamentos e serviços saltou de 1,18% em agosto para 2,40% em setembro. Por sua vez, Mão de Obra teve um pequeno avanço, saindo de 0,52% em agosto para 0,06% em setembro.

Maiores aumentos: hidráulica e elétrica

Entre as categorias que contaram com os avanços mais acentuados em setembro, destacam-se hidráulica (5,67%), elétrica (5,46%) e material metálico (3,69%). O trabalho da FGV mostra ainda que a liderança de aumento nos preços de produtos cabe a Tubos e Conexões de PVC, com 11,20%. Condutores Elétricos (8,08%), Cimento Portland comum (5,8%), Tubos e Conexões de Ferro e Aço (5,71%) e Esquadrias de Alumínio (4,97%) também são citados por suas variações positivas em setembro.

Pessimismo moderado

A FGV também divulgou o Índice de Confiança da Construção (ICST), que contou com um aumento de 3,7 pontos em setembro atingindo 91,5 pontos, patamar ainda inferior ao período pré-pandemia. Com a alta, o índice fecha a média do terceiro trimestre (87,7 pontos) 17,7 pontos acima da média do segundo trimestre (70,0 pontos). Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, comenta que a confiança do setor retornou à zona de pessimismo moderado que se encontrava antes da pandemia. “A percepção dominante é de recuperação da atividade e de crescimento dos negócios, com reflexos na melhora das expectativas”, explica. E complementa: “No entanto, vale a ressalva que ainda não é um movimento disseminado por todos segmentos – a área de serviços foi mais penalizada e registra mais dificuldade em recuperar, assim como o mercado de edificações comerciais”. Para finalizar, Ana Maria comenta que o segmento habitacional avança mais rapidamente confirmando o bom momento do mercado, impulsionado pelas taxas de juros mais baixas e pela maior oferta de crédito.


Espaço Publicitário