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14/09/2020 | Por Jaime Vasconcellos, economista.

Dados divulgados nos últimos dias pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), mostram que, pela primeira vez desde o início dos impactos da pandemia, o varejo de materiais de construção registrou alta na soma dos meses de 2020. O volume de vendas do segmento entre janeiro a julho acumulou elevação de 1,9%, enquanto o varejo ampliado ficou em -6,2%. Nos últimos 12 meses os percentuais estão, respectivamente, em 2,8% e -1,9%. Em julho, o volume de vendas do varejo de materiais de construção avançou 6,7% em relação a junho e 22,7% na contraposição a julho de 2019.

Já a atualização do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostra que o faturamento do varejo total no Brasil apresentou recuo de -22,5% entre 01 de março e 05 de setembro, com queda de 7,3% especificamente na última semana. O varejo de materiais de construção contou com avanço de 11,9% no período acumulado a partir de março e +37,5% na primeira semana de setembro (30/08/20 a 05/07/20). Novamente o dado mais atualizado configura o melhor desempenho semanal desde o início dos primeiros impactos da Covid-19. Tais registros estão comparados com os dias equivalentes de fevereiro de 2020, com ajustes de calendário.

As informações mais recentes reafirmam o cenário que tem sido apresentado e analisado pelo departamento de economia do Sincomavi desde o início dos principais impactos da pandemia do país. A novidade é não apenas da rápida recuperação de vendas pós maio, mas a compensação total das quedas abruptas do desempenho do varejo de materiais de construção entre a última quinzena de março e de abril. O segmento já possui avanço de vendas em 2020, de janeiro a julho.

Os motivos são os mesmos que foram apresentados ultimamente, todavia um alerta tem sido mensurar quais os impactos nas vendas com o avanço dos preços, isto é, como se dará o comportamento do consumidor frente ao crescimento dos preços médios das mercadorias, principalmente insumos básicos, como tijolos e cimento. Ao empresário, observar tal movimento, cuidando adequadamente da precificação, bem como na negociação com fornecedores e o nível de estoques, é ponto vital para manter caixa positivo e nível de vendas constante.


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