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09/09/2020 | Dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta manhã, 09 de setembro, mostram avanço da inflação brasileira. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,24% em agosto, maior patamar para o mês desde 2016, atingindo +0,7 no ano e +2,44% nos últimos 12 meses.

Entre os dados que compõem o IPCA, sobretudo em relação ao segmento de material de construção e de reparos, é preciso observar que 10 dos 13 subitens avaliados em agosto registraram crescimento. Destaque para os aumentos sofridos por tijolos (+9,32%), cimento (+5,42%), ferragens (+2,71%) e material hidráulico (+2,70%). A elevação generalizada só não foi mais aguda devido à queda de preços das pedras (-3,11%), vidro (-2,42%) e mão de obra (-0,11%).

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, tijolos (+16,86%), cimento (+10,67%) e tintas (+5,77%) lideraram as significativas majorações de preços. Apenas vidro (-6,50%) e madeira (-4,04%) auferiram quedas razoáveis de valores médios, segundo os dados coletados pelo IPCA.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo agosto de 2020

Para o economista Jaime Vasconcellos, as informações do IPCA mostram portentosa evolução recente dos preços de insumos de material de construção. “A alta na demanda durante a pandemia, principalmente após junho, pressionou a oferta e, consequentemente, os preços na cadeia produtiva: indústria, distribuição e varejo”, comenta. Os reparos e melhorias domiciliares, o consumo “formiga”, a continuidade de obras, o lançamento de empreendimentos imobiliários e os juros mais baixos justificam em sua opinião a evolução aguda dos preços. Para corroborar com esse cenário, dados do Índice Nacional da Construção Civil (INCC – Sinapi) revelaram que de janeiro a agosto os aumentos acumulados são de 3,94% (materiais) e 1,65% (mão de obra), respectivamente. “Em doze meses, essas elevações ficaram em 4,52%, para materiais, e 2,89%, mão de obra”, finaliza.


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