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Em setembro, o mercado de trabalho do comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentou a geração de 271 empregos com carteira assinada, o segundo aumento seguido. Ao todo, foram registradas 3.768 admissões contra 3.497 desligamentos, considerando um total de 97,1 mil trabalhadores ativos na soma dos segmentos avaliados. 

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Novo Caged

Desde que o Novo Caged foi instituído, a partir de janeiro de 2020, todos os meses de setembro o varejo de material de construção da Grande São Paulo contou com evolução de empregabilidade. Todavia, o resultado de 2025 mostrou-se o mais tímido dos últimos seis anos. 

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção na RMSP – Meses de setembro

Fonte: Novo Caged

Ainda assim, o setor foi puxado para cima nesta última edição da pesquisa especialmente pelos segmentos de material de construção em geral (+139 vagas) e pelos estabelecimentos que comercializam ferragens e ferramentas (+86 vagas). Por outro lado, o ramo de material elétrico seguiu caminho contrário e apresentou saldo negativo de 14 vagas. 

No acumulado de 2025, observando a trajetória da movimentação de mão de obra formal de janeiro a setembro, é possível verificar que são quase 1,4 mil novas vagas. Apenas o segmento varejista de cal, areia, pedra, tijolos e telhas demitiu mais funcionários do que admitiu na RMSP, com 19 postos de trabalho cortados. Em contraposição, o desempenho positivo foi liderado pelos setores de ferragens e ferramentas (+290 vagas) e de material elétrico (+287 vagas).  

O economista Jaime Vasconcellos comenta que apesar do resultado positivo mais tímido para um mês de setembro dos últimos seis anos, o saldo de 271 vagas manteve o bom ritmo de avanço do mercado de trabalho setorial. “Não podemos nos esquecer que era esperado algum nível de arrefecimento do ritmo de expansão deste indicador em 2025, até em consonância com o que é visto em geral no país”, argumenta. “Tanto que o saldo acumulado no ano é quase 48% menor que o verificado no mesmo período de 2024”. Em sua opinião, considerando a conhecida sazonalidade dos quartos trimestres de todos os anos, a tendência é que a partir de outubro sejam registrados saldos negativos até dezembro. “Este é um período em que normalmente a renda familiar destina-se a outros segmentos do varejo, como os de bens semiduráveis e não duráveis, em especial devido ao apelo das datas especiais como Black Friday, Natal e Réveillon”, destaca Jaime. Sem contar que no período de férias, viagens e confraternizações os ramos do setor de serviços também “abocanham” parte da renda extra das famílias, em detrimento a setores, bem exemplificado pelo varejo de material de construção.


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