Falta apenas um mês para uma das datas mais importantes do calendário varejista: a Black Friday, marcada para o dia 28 de novembro. As empresas do setor já entraram em contagem regressiva e a expectativa é de aumento nas vendas, mas também de muita concorrência. Para além dos descontos, é preciso lembrar que tecnologia, personalização e eficiência operacional serão fatores determinantes para transformar o pico de consumo em receita recorrente.
Para dar ideia do montante envolvido, levantamento da Gauge & W3Haus estima que o faturamento durante a Black Friday 2025 possa chegar a R$ 13,6 bilhões, crescimento de 16,5% em relação ao ano anterior. A pesquisa indica que nove em cada dez consumidores pretendem comprar, priorizando descontos acima de 50%, frete grátis e rapidez na entrega. “O consumidor está mais exigente e busca conveniência, segurança e agilidade em toda a jornada de compra”, afirma Maíra Nogueira, superintendente de Satisfação de Cliente da Getnet. Para ela, antecipar a comunicação, investir em campanhas segmentadas e preparar o e-commerce para picos de acesso são medidas fundamentais.
O uso da tecnologia é um importante aliado para que o comerciante explore de maneira adequada a data, uma vez que a digitalização do consumo e o avanço da inteligência artificial (IA) estão mudando o modo como as empresas se relacionam com seus clientes. Dados do índice gMataAI mostram que apenas 14% das empresas brasileiras utilizam IA de forma avançada para vendas, o que pode ser uma oportunidade ainda pouco explorada. “O consumidor atual é muito mais imediatista e a IA responde diretamente a essa necessidade, reduzindo o tempo de decisão de compra”, explica Gabriel Carlini, CEO da Agência FG. Ferramentas como chatbots inteligentes, precificação dinâmica e personalização em tempo real permitem ampliar a conversão e fortalecer a fidelização.
Para o setor varejista, o uso de Inteligência Artificial permite o melhor mapeamento de preferências, ajustar estoques e definir promoções com mais precisão. De acordo com Rebecca Fischer, cofundadora da Divibank, “operações comerciais bem estruturadas e atenção a processos críticos fazem diferença em datas estratégicas, mostrando que tecnologia e gestão eficiente andam lado a lado”.
Além da automação, em alguns casos específicos o modelo de venda recorrente surge como uma alternativa para transformar compras pontuais em relacionamentos duradouros. Segundo a Betalabs Tecnologia, 74% dos consumidores brasileiros já assinam ao menos um serviço. “A Black Friday precisa ser encarada como porta de entrada”, afirma Luan Gabellini, CEO da Betalabs. “É o momento em que o cliente testa a marca e, se for bem atendido, está mais propenso a permanecer”. Ele destaca ainda que planos de assinatura, pacotes premium e curadoria de serviços digitais ajudam a manter o cliente próximo da marca e a garantir receita contínua.
























