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As transformações nas relações de trabalho vêm exigindo das empresas uma revisão profunda de seus modelos de gestão e liderança. Estudos recentes mostram que o engajamento e a permanência de profissionais estão cada vez mais ligados à forma como as organizações valorizam o ser humano — não apenas como força produtiva, mas como agente ativo na construção de ambientes colaborativos e saudáveis.

Levantamentos da consultoria Gallup apontam que o engajamento entre jovens da Geração Z está em queda. Esses profissionais buscam reconhecimento autêntico, oportunidades de aprendizado e lideranças mais empáticas. “O novo perfil de trabalhador demanda ambientes de trabalho inclusivos, lideranças empáticas e compromisso social real”, explica André Purri, CEO da Alymente. Em sua opinião, entender o que move a Geração Z não é mais uma questão de tendência, mas de sobrevivência no mercado.

Outro estudo da Gallup, intitulado The Remote Work Paradox, mostra que o trabalho remoto trouxe ganhos de produtividade e autonomia, mas também aumentou o estresse e a sensação de isolamento. O desafio das organizações está em equilibrar desempenho e bem-estar. Para Rapha Coe, fundador e CEO da startup TutorMundi, o trabalho à distância exige organização e processos: “Quando a rotina é bem estruturada e as pessoas entendem o propósito do que fazem, o engajamento acontece naturalmente”.

Já Guilherme Spironelli, sócio da EXEC, lembra que as mudanças também devem passar pela adoção de uma nova forma de liderança — mais conectiva e integradora. De acordo com o relatório Tendências de Gestão de Pessoas, do Ecossistema Great People & GPTW, mais da metade das empresas afirma ter dificuldade para lidar com diferentes gerações no mesmo ambiente. “Profissionais capazes de criar pontes entre diferentes gerações e adaptar a comunicação ao perfil de cada equipe são essenciais para manter a produtividade e a inovação”, ressalta.

No entanto, nem todos os setores conseguem acompanhar essa evolução no mesmo ritmo. O comércio varejista, por exemplo, enfrenta limitações estruturais que dificultam atender às expectativas das novas gerações. A necessidade de presença física, o contato direto com o público e a execução de tarefas que exigem esforço físico tornam mais complexa a adaptação a modelos flexíveis de trabalho. O desafio do setor está em encontrar formas de valorizar, capacitar e engajar seus profissionais dentro de um contexto que, por natureza, demanda comprometimento presencial e alta dedicação.


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