Depois de um aumento de 0,55% em agosto, o preço médio do metro quadrado da obra no Estado de São Paulo apresentou estabilidade em setembro, variando apenas 0,08%, segundo o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi/IBGE). Este é o menor índice mensal desde abril e metade do registrado em setembro do ano passado.
Evolução mensal do custo médio m² da construção civil paulista (%)

Fonte: Sinapi/IBGE
Com isso, o custo passou a ser de R$1.974,58 por metro quadrado, apenas R$1,60 superior em relação a agosto. Desta diferença, os materiais de construção diminuíram o peso na composição em R$0,60 e a mão de obra aumentou R$2,20. No ano, ocorreu uma evolução de 2,79% ou R$53,53, sendo destes R$43,04 com mão de obra. Já em doze meses houve uma oscilação de 5,55% ou R$103,76. Neste caso, R$56,68 são provenientes das variações de preços dos materiais de construção e R$47,08 com a contratação de profissionais para a obra.

Fonte: Sinapi/IBGE
O custo do m² da obra no Estado de São Paulo é o oitavo mais alto dentre as UFs do país. A liderança entre os estados é do Acre, com R$2.126,02. Já o menor valor é do Sergipe, com R$1.662,80. A média brasileira ficou em R$1.872,24, em setembro.

O economista Jaime Vasconcellos explica que a variação mais recente do custo da construção foi quase imperceptível, com exceção ao aplicá-la em equipamentos de grande escala. “Ainda assim, sem considerar as sazonais negociações coletivas que alteram o custo da mão de obra em períodos específicos do ano, no restante de 2025 a inflação da construção paulista caminha consonante com os indicadores de preços gerais aos consumidores brasileiros”, avalia. Em sua opinião, a tendência tem sido de arrefecimento, até pelos efeitos da atual política monetária contracionista (juros elevados), aliada a outros freios no consumo de bens duráveis, como os atuais altos índices de endividamento e inadimplência familiar. “Para os próximos meses veremos um pouco mais deste cenário, talvez não tão neutro como os números aqui apresentados, todavia, nada tão explosivo também”, finaliza.
























