O volume de vendas de material de construção no Estado de São Paulo cresceu 10,5% em fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC-IBGE). A comparação é contra o mesmo mês de 2024 e, cabe ressaltar, foi o maior percentual de evolução desde o registrado em outubro do ano passado. Já em âmbito nacional as vendas evoluíram 9,7%, também a maior oscilação para este indicador desde outubro passado.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior
Fonte: PMC – IBGE
Como o avanço registrado nessa última edição da Pesquisa Mensal do Comércio se revela superior ao registrado em fevereiro de 2024, há um aumento da taxa acumulada em 12 meses. Tal fato pode ser melhor observado no gráfico abaixo, pois atualmente ela é positiva em 5,6%, o maior patamar desde os doze meses finalizados em novembro de 2021.
Evolução do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo – Taxa acumulada de 12 meses
Fonte: PMC – IBGE
O economista Jaime Vasconcellos comenta que até se esperava a continuidade dos bons números do volume de vendas de materiais de construção em fevereiro, tanto no mercado paulista como no nacional. “Todavia, além de positivos, os resultados ficaram acima das expectativas para ambos os casos, rondando os 10% de crescimento em relação ao segundo mês de 2024”, ressalta. Ele explica que, diante desse desempenho, fica claro que a economia doméstica continua aquecida neste início de ano, especialmente puxada pelo consumo das famílias, que segue bastante influenciado positivamente pelo mercado de trabalho e pela renda resultante dele. “Não se pode também retirar da equação o maior número de dias úteis em fevereiro de 2025, dado que no ano passado foi exatamente neste mês que ocorreu o carnaval”, pontua. E finaliza: “Mesmo dessa forma, não se pode negar a importância da resiliência do consumo interno neste início, ainda que não se espere que ele se mantenha a estes patamares por muito tempo”.
OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.