O crescimento de 0,3% da economia brasileira em janeiro de 2025, em relação a dezembro, reflete um panorama misto para os diversos setores produtivos. Enquanto a agropecuária impulsionou o resultado positivo e o setor de serviços demonstrou resiliência, o comércio registrou retração, sinalizando desafios específicos para os varejistas.
De acordo com o Monitor do PIB-FGV, apesar da expansão do consumo das famílias em 2,6% no trimestre móvel encerrado em janeiro, há uma evidente desaceleração, especialmente no consumo de bens duráveis, não duráveis e serviços. Esse cenário impõe cautela aos empresários do varejo, que precisam ajustar estratégias para enfrentar a redução no ritmo de crescimento da demanda.
Outro ponto de atenção é a retração na exportação, que caiu 2,5% no trimestre móvel findo em janeiro, impactada pelo fraco desempenho dos produtos agropecuários e minerais. Embora a importação tenha crescido 12% no mesmo período, há uma tendência de redução nos negócios, especialmente na importação de bens intermediários. Esse fator pode gerar impactos na cadeia de suprimentos do varejo, exigindo uma gestão mais eficiente dos estoques e fornecedores.
A taxa de investimento em janeiro foi de 19,4%, com a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) crescendo 8,8% no trimestre móvel, mas em tendência de queda desde o terceiro trimestre de 2024. Esse quadro indica que os investimentos podem se tornar mais escassos ao longo do ano, o que demanda uma avaliação criteriosa por parte dos empresários ao planejarem expansão e modernização.