Depois do resultado praticamente estável de dezembro, queda de -0,3%, o volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo voltou a acelerar em janeiro de 2025, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC/IBGE). O crescimento foi de 3,4% em relação a janeiro do ano passado, a maior taxa neste tipo de comparação desde outubro de 2024. Em âmbito nacional as vendas do setor contaram com alta de 3,9% neste primeiro mês do ano, também o melhor resultado desde o último mês de outubro.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior
Fonte: PMC/IBGE
Com a retomada no crescimento, o acumulado em 12 meses do segmento em São Paulo atingiu um avanço de 5,4% – o maior patamar para este indicador desde os doze meses encerrados em dezembro de 2021. Apenas para efeito de comparação, no acumulado de 2024 a variação foi positiva em 5,2%.
Evolução do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo – Taxa acumulada de 12 meses
Fonte: PMC/IBGE
Para o economista Jaime Vasconcellos, os números de janeiro são um alento quando comparados aos vistos em dezembro, no caso do segmento de material de construção do Estado de São Paulo. “É importante ressaltar que as taxas de avanços ficaram superiores inclusive aos registrados em janeiro de 2024”, destaca. E complementa: “sinal de que o aquecimento da demanda vista em todo ano passado tende a ter continuidade em 2025, ainda que em um ritmo mais arrefecido devido ao avanço de juros e um cenário de persistência inflacionária e de crescimento menor do mercado de trabalho e da renda das famílias”. A expectativa para fevereiro é positiva, segundo Jaime, mas novamente com resultados mais tímidos.
OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.