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Ao atingir os R$1.885,33 em novembro, o custo médio total do metro quadrado da construção civil no estado de São Paulo contou com um aumento de 0,24% (ou R$4,56) em relação a outubro, segundo o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi/IBGE). “É uma oscilação menor que a vista no mês anterior (+0,53%), mas que reforça a tendência de recrudescimento dos preços, em especial do dispêndio com o material de construção”, analisa o economista Jaime Vasconcellos.

No caso dos preços dos produtos, o avanço foi de 0,39% em novembro, sendo responsável por R$3,94 de acréscimo por metro quadrado (86% dos R$4,56), fazendo com que o custo total com material subisse aos R$1.016,72 por metro quadrado. Já o gasto médio com mão de obra alcançou os R$868,61 por m², um acréscimo de apenas 0,07%, ou R$0,62 na comparação aos patamares de outubro de 2024.

Fonte: IBGE

Para Jaime, ainda que a inflação da construção paulista em novembro passado tenha sido menos da metade da variação mensal verificada em outubro, chama a atenção o novo avanço nos preços do material de construção, que inclusive subiram 0,39% neste último mês. “Seja pelo avanço recente da demanda ou por impactos provenientes da oferta – como a influência de um câmbio mais depreciado para alguns componentes -, é importante frisar que há um ressurgimento inflacionário mais visível, contrapondo inclusive um cenário mais neutro do fim de 2023”, avalia. Em sua visão, o cenário atual é de cautela, em especial para 2025. “Este avanço dos preços pode, junto a um quadro de juros mais elevados, levar a um desestímulo à demanda futuramente, e os comerciantes precisam observar tal tendência e, caso confirmada, adequar seus planejamento com os níveis de estoque, fluxo de caixa, precificação de mercadorias e negociação com fornecedores.


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