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Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e Deloitte verificou um aumento de 10,1% no índice de procura e 9,2% de alta no indicador de vendas no terceiro trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior. A principal contribuição para esse resultado vem do Programa Minha Casa, Minha Vida, uma vez que os imóveis destinados aos mercados de médio e alto padrões registraram uma variação nas vendas de 0,9% no período analisado. 

Luiz França, presidente da Abrainc, comenta que o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) permanece sendo uma ferramenta essencial para o acesso à moradia, principalmente por meio de financiamentos com recursos do FGTS e condições de crédito mais acessíveis. “Os números do Médio e Alto Padrão (MAP) também reforçam a resiliência do segmento, mesmo diante de um cenário de altas taxas de juros”, avalia. “No entanto, o principal desafio agora é reduzir o custo do funding para ampliar ainda mais o acesso à habitação e impulsionar a geração de empregos, contribuindo para combater o déficit habitacional, que permanece uma questão urgente no Brasil”.

O ritmo aquecido do mercado para os próximos meses parece estar garantido, uma vez que a maioria das incorporadoras prevê lançamentos nos próximos 12 meses. No entanto, o estudo da Abrainc mostra que a aquisição de terrenos para novos empreendimentos está menor. “Os dados relativos a lançamentos estão em patamares elevados e evidenciam maior confiança no mercado. Já os de aquisição de terrenos registraram queda em MAP e trazem sinais de cautela para investimentos de médio a longo prazo”, analisa Claudia Baggio, líder da prática de Real Estate da Deloitte.


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