Espaço Publicitário

A tendência de elevação nos custos da construção teve prosseguimento em outubro, como mostra o último resultado do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador contou com uma crescimento de 0,67% no período – desempenho superior ao observado no mês anterior (0,61%). Já a taxa acumulada em 12 meses atingiu 5,72%. Somente como referência, esse patamar está bem acima do acumulado registrado no mesmo mês do ano passado: 3,37%.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços, categoria que compõe o INCC-M, passou de 0,59% em setembro para 0,72% em outubro. Por sua vez, a Mão de Obra caiu de 0,64% em setembro para 0,60% em outubro. 

A subcategoria “Materiais e Equipamentos” sofreu uma alta de 0,72% no período analisado, resultado que demonstra claramente a tendência de alta nos preços dos itens da construção. Isso porque em setembro, o aumento foi de 0,60%. Dentro desse agrupamento, materiais para estrutura subiram 1,04%; materiais para instalação, 0,56%; e materiais para acabamento, 0,30%.

As maiores variações positivas de preços nos produtos ficaram por conta de vergalhões e arames de aço ao carbono (2,78%) e massa de concreto (0,63%). As principais quedas foram: impermeabilizante (-0,52%); pias, cubas e louças sanitárias (-0,47%); portas e janelas de madeira (-0,45%); formas de madeira (-0,18%); e condutores elétricos (-0,11%).

Confiança

Apesar da tendência de alta nos custos, as perspectivas da indústria da construção em relação aos negócios parece que ainda não foram afetadas. O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, apresentou estabilidade em outubro. A variação do indicador foi de apenas 0,1 ponto, alcançando 97,2 pontos. Na média móvel trimestral, o índice ficou também estável.

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, comenta que a acomodação do ICST no patamar abaixo da neutralidade (100 pontos) expressa a cautela das empresas. “As dificuldades fiscais dos entes governamentais, a alta de juros e mudança nas regras de financiamento habitacional apontam para um cenário mais desafiador à frente”, ressalta. “Ainda assim, vale destacar que o pessimismo com a tendência dos negócios nos próximos meses se reduziu”. Em sua opinião, as dificuldades atuais continuam relacionadas às dores de crescimento, que têm superado as projeções do início do ano.


Espaço Publicitário