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As vendas por meios eletrônicos pelo varejo têm se intensificado muito e os números apresentam um quadro bastante promissor para esses canais, independentemente do segmento de atuação. Estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revela que as receitas do comércio eletrônico no Brasil somaram R$205,1 bilhões em 2023. Apesar da expansão tímida de 0,2% em relação ao ano anterior, o cenário num espaço maior de tempo dá a dimensão exata da importância que o comércio eletrônico vem ganhando no mercado nacional (confira no gráfico abaixo).

Movimentação do faturamento do e-commerce brasileiro (2016–2023)
Valores em bilhões a preços de agosto de 2024

Gráfico

Descrição gerada automaticamente

Fonte: FecomercioSP

Vale a pena ressalta que estudo foi produzido com base em uma série de relatórios de transações de notas fiscais do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional — ligado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Serviços e Comércio (MDIC) —, no IBGE e em números coletados pela própria FecomercioSP.

Proporção de faturamento do e-commerce brasileiro em relação ao varejo físico (2016–2023)

Fonte: FecomercioSP

O levantamento mostra ainda que, em 2023, o comércio eletrônico representava 6,9% do faturamento do varejo físico. Logicamente, quando os dados se referem ao Estado de São Paulo, essa participação do e-commerce se mostra muito maior. No ano passado, 32% de toda a movimentação do setor, em nível nacional, foi realizada no mercado paulista. Em outras palavras, de cada R$100 que circularam no comércio eletrônico do País, R$ 33 passaram pela economia de São Paulo.

Participação dos estados brasileiros no mercado consumidor do e-commerce
Valores em milhões a preços de agosto de 2024

O Relatório de varejo on-line de 2024, edição brasileira, desenvolvido globalmente pela FTI Consulting sobre tendências em comércio eletrônico, reforça essa estimativa: atualmente esses canais respondem por 9% do total das vendas no varejo. Esse número, embora expressivo, ainda está abaixo de mercados mais maduros, como Estados Unidos, China e países europeus, além de vizinhos latino-americanos, como México (14%) e Chile (11%). Tal fato confirma que existe ainda espaço considerável para expansão dessa modalidade de venda. 

Esse crescimento, principalmente em São Paulo, do comércio eletrônico é bastante previsível diante do avanço no uso dos smartphones na aquisição de bens. Em 2023, 55% das compras online foram realizadas por meio de telefones celulares, consolidando este dispositivo como uma ferramenta essencial para o e-commerce. Outros dados que sustentam essa elevação são a população jovem chegando ao mercado consumidor, aumento da participação das faixas populares nas compras e soluções de pagamento digital, como o PIX. 

A satisfação com a experiência de consumo também pode ser apontada como um fator importante nesse movimento. A Pesquisa Branding Brasil, elaborada pela plataforma Valometry, verificou que Amazon e Mercado Livre conseguiram alcançar 91% de satisfação entre seus consumidores. Esses dois marketplaces foram seguidos pela Shopee, com 88%. Em relação à lealdade, a Shopee liderou por pequena margem (73%), com Amazon (71%) e Mercado (70%) recebendo também muitas menções positivas.

Fonte: Valometry


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