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Criminosos estão usando indevidamente dados de empresas para efetuar cadastros e consumar compras faturadas em fornecedores de produtos. Muitas vezes, as vítimas só descobrem a fraude quando recebem as cobranças ou quando são notificadas de dívidas em aberto.

Em outros casos, o empresário acaba tendo a sorte do fornecedor buscar informações sobre a negociação. Esse foi o caso de uma empresa do setor que teve seus dados coletados por meio do contrato social, que é documento público. Utilizando o recurso de notas fiscais rasuradas como referência comercial e após consumar a compra fraudulenta, os criminosos entraram em contato com o vendedor e deram a desculpa de reforma das instalações para a retirada da mercadoria na fábrica, fato que chamou a atenção da funcionária da indústria, que entrou em contato diretamente com a loja por meio do telefone fixo disponível no site.

Na sequência, mais três indústrias, sendo duas do ramo de fechaduras e cadeados e outra do setor elétrico, não tiveram essa cautela, efetuaram as vendas e emitiram notas fiscais indevidas em nome do estabelecimento. “Conseguimos verificar essas operações por meio do site da Secretaria da Fazenda e cancelamos as compras, o que evitou maiores prejuízos”, explicou a sócia do comércio, que prefere ficar no anonimato. No entanto, esse tipo de problema acaba sempre gerando gastos imprevistos, como contratação de advogado e idas e vindas à delegacia para a emissão de boletins de ocorrência. 

Ela explica que as operações são geralmente realizadas pelo televendas e os dados cadastrais são preenchidos com telefone celular e e-mail gratuito parecido com o nome da empresa, bem como informações bancárias falsas. 

Cláudio Araújo de Lima, diretor do Sincomavi, comenta que esse tipo de golpe não é novo e de tempos em tempos volta a ser cometido. Em sua opinião, a melhor forma dos comerciantes se protegerem de tais fraudes é contratando serviços de monitoramento de Notas Fiscais (aplicativos).

Vale lembrar que esse tipo de fraude poderia ser facilmente evitado se as indústrias contassem com um controle mais rígido sobre suas operações, o que não têm ocorrido ultimamente, inclusive com marcas de renomes no mercado nacional.

O Sincomavi, como forma de reduzir os prejuízos causados, enviou ofício à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e solicitou que seja emitido um alerta sobre o aumento da incidência desse tipo de fraude no mercado nacional.


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