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O volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo, em agosto, avançou 6,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, marcando a terceira evolução mensal consecutiva deste indicador. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC/IBGE). No âmbito nacional, o setor contou com um crescimento menor, mas ainda significativo de 4,5% para as mesmas bases de comparação.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC/IBRE

No acumulado de janeiro a agosto as vendas de material de construção no Estado de São Paulo registram um avanço de 4,6%, enquanto em território nacional houve um crescimento de 3,5%, ambos contra o mesmo período de 2023. Já no acumulado em doze meses o cenário se inverte. No país há uma evolução positiva de 2,3% e na economia paulista de 1,8%.

Evolução do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo – Taxa acumulada de 12 meses

Fonte: PMC/IBGE

Os números apresentados na análise realizada pelo Departamento de Economia do Sincomavi em julho já revelavam a tendência de continuidade do cenário positivo para agosto, o que ocorreu. “Em resumo, os dados do trimestre junho a agosto trouxeram consigo uma inversão da série histórica de doze meses do indicador de vendas de material de construção no Estado de São Paulo, que se manteve negativa por quase 30 meses”, destaca o economista Jaime Vasconcellos. 

Em sua opinião, o processo de estabilização do setor ficou para trás e 2024 não apenas trouxe tal resultado, como parece ter consolidado um novo período, agora no campo positivo das vendas. “É algo a se comemorar, ainda que seja importante dizer que não teremos evoluções aos moldes das vistas em 2020 e 2021, quando o setor foi impulsionado pelos efeitos específicos das mudanças de comportamento da demanda, com o advento da pandemia”, ressalta. E alerta: “ademais, temos de estar de olho em como se darão as curvas futuras de juros e preços, que normalmente freiam estes cenários mais positivos de consumo e de desempenho do varejo”. Apesar desses possíveis obstáculos, no curto prazo as notícias são positivas, sinais de uma demanda resiliente, que se reflete em vendas e também impacta o próprio mercado de trabalho do setor. 

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais. 


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