Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram que, em agosto, o mercado de trabalho do comércio varejista de material de construção na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) contou com o maior acréscimo de empregos com carteira assinada em 2024. Ao todo, foram 571 vagas geradas, após o registro de 4.183 admissões e 3.612 desligamentos, para um total de quase 97 mil vínculos ativos. “Este saldo foi quase 175% superior ao visto em julho e 28,6% maior que o percebido em agosto de 2023”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos. Com um adendo, somente a capital paulista respondeu por 315 dessas novas vagas.
Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo (SP)
Fonte: Caged
Dentre os grupos de atividades acompanhados, os segmentos que lideraram a geração de empregos foram: comércio varejista de material de construção em geral (+143 vagas), comércio varejista de ferragens e ferramentas (+122 vagas) e o comércio de material elétrico (+106 vagas). Apenas os estabelecimentos de tintas e material para pintura registraram saldo negativo, com 10 desligamentos a mais que admissões em agosto.
Após esses bons números, o acumulado de 2024 alcançou 2.261 novos postos de trabalho, com 31.892 admissões e 29.631 desligamentos. Em todos os grupos houve avanço da empregabilidade, com destaque para material de construção em geral, que contou com um saldo de +720 vagas nos período analisado.
“Os números de agosto mostraram uma boa aceleração do mercado de trabalho do varejo de material de construção na Grande São Paulo”, afirma Jaime. E destaca: “foi o melhor saldo mensal do ano e um resultado bastante superior aos avanços registrados nos três últimos meses”. Ele lembra ainda que, até mesmo em relação a agosto do ano passado, houve um aumento no ritmo de expansão dos postos com carteira assinada.
Em sua opinião, mais uma vez se observou uma “resposta” do mercado de trabalho a um período em que a demanda do setor se mantém aquecida. “Sendo este um segmento intensivo em mão de obra, o seu nível de empregabilidade acaba respondendo mais rapidamente aos movimentos do ritmo do consumo, que a despeito de câmbio elevado, inflação acima da meta e juros altos, continua resiliente no curto prazo”, comenta. Mesmo no caso dos próximos meses contarem com desempenho fraco, os resultados já alcançados praticamente garantem que 2024 tenha um desempenho superior ao obtido no ano passado.