O faturamento do varejo de material de construção da cidade de São Paulo contou com um crescimento de 8,4% em junho, tendo como referência o mesmo período do ano passado, conforme informações da Secretária da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz). Com receita de R$ 1,2 bilhão no mês, este foi o melhor desempenho para junho desde 2013. Já considerando os dados dos primeiros seis meses de 2019 na capital paulista, os R$ 7,4 bilhões aferidos são o maior patamar alcançado desde 2008 e 11,3% superior ao mesmo período de 2018.
Evolução do faturamento bruto corrente do varejo de materiais de construção da cidade de São Paulo
Estado de São Paulo
O faturamento bruto real do varejo de materiais de construção do Estado de São Paulo também obteve seu melhor primeiro semestre desde 2008, início da série histórica. “Em receita bruta de vendas observamos os valores de R$ 25,1 bilhões no acumulado dos seis primeiros meses de 2019”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos, do departamento de Pesquisa e Economia do Sincomavi. Esse desempenho representa um crescimento de 12,1% em relação às vendas do mesmo período do ano passado. Os valores estão atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados dos meses de junho mostram que, em 2019, atingiu-se R$ 4,3 bilhões em faturamento bruto corrente, alta de 8,3% em relação ao resultado do sexto mês de 2018, mas abaixo do melhor resultado para o mês, em 2013.
Evolução do faturamento bruto corrente do varejo de materiais de construção do Estado de São Paulo (em R$ bilhões)
Análise
O cenário do primeiro semestre revela franca recuperação das vendas do comércio varejista de materiais de construção. “Os números mais recentes apresentam não só um ano melhor que o anterior, como um patamar de desempenho acima dos picos de 2013 e 2014”, afirma Jaime. Em sua opinião, é possível dizer que o País voltou a ter um nível de vendas pré-crise. “De toda forma, se faz essencial considerar que esta realidade é um alento conjuntural, mas que demonstra que este é somente o primeiro passo para reaver o tempo perdido, até porque não apenas demoramos para superar o patamar de vendas de 2013/14, como ao invés de queda, os anos de 2015, 2016 e 2017 deveriam ser um período de crescimento de vendas”. Isto é, a crise não apenas condicionou queda no faturamento das empresas, mas também inibiu o que poderia ser uma continuidade do avanço das mesmas vendas. Não foram apenas três ou quatro anos perdidos. “Ainda assim, continuaremos a reagir”, garante Jaime, sem disfarçar a confiança.