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O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) registrou uma alta de 0,5 ponto em setembro no Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Essa foi a quarta alta consecutiva do indicador, que, em média móveis trimestrais, contou com elevação de 0,9 ponto, atingindo os 93,3 pontos. Para a economista Anna Carolina Gouveia, o resultado teve como principal motivador a expectativa positiva para os próximos meses. Em setembro, houve ligeira piora das percepções sobre a situação atual, que por sua vez, foi influenciado pela piora no indicador de situação financeira das famílias. Entre as faixas de renda, o resultado foi heterogêneo”, explica. Ela lembra ainda que a resiliência da atividade doméstica tem sustentado a tendência de alta na confiança dos consumidores, mas a recuperação em ritmo lento reflete a percepção ainda fragilizada das finanças pessoais. 

Satisfação permanece

Por outro lado, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apurou em setembro um recuo de 0,3% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF). Os dados coletados mostram ainda que o desempenho obtido reflete a piora na avaliação sobre a perspectiva profissional (redução de 0,4%) e sobre o acesso ao crédito (queda de 1,3%). 

O estudo da CNC verificou ainda que houve um impacto maior nas famílias com renda superior e no público masculino. Apesar da queda mensal, o indicador permanece (103,1 pontos) acima do nível de satisfação. O economista Felipe Tavares comenta que com o cenário mais desafiador para o crédito e o aumento da inadimplência, o mercado se tornou menos acessível, especialmente para famílias de maior renda, que mostram maior retração na intenção de consumo. “Famílias com maiores salários estão mais cautelosas em relação ao emprego e ao consumo futuro, devido à maior seletividade no crédito e à piora na confiança empresarial”, finaliza.


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