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Com variação de 0,2 ponto em agosto, o Índice de Confiança da Construção (ICST), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), apresentou certa estabilidade e alcançou os 97,5 pontos. Com o resultado, o indicador se mantém sem recuo há quatro meses. Na média móvel trimestral, ocorreu um avanço de 0,4 ponto.

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, comenta que o ambiente atual de negócios tem melhorado seguidamente desde o ano passado. “O indicador de evolução (IE) recente alcançou novo recorde no ano, apontando que a atividade segue aquecida gerando escassez de trabalhadores qualificados, que em agosto voltou a aumentar”, ressalta. Ela lembra ainda que essa é a principal limitação ao crescimento do setor no cenário atual. “Por outro lado, houve um revés nas expectativas – o IE devolveu parte da alta do mês anterior. As oscilações do indicador desde o início do ano, provavelmente são reflexo das pautas que predominam o cenário macroeconômico, como a possibilidade de elevação de juros”. Ana Maria avalia que os fundamentos setoriais permanecem positivos e, apesar da queda na margem, a maioria das empresas sinaliza que a demanda prevista para os próximos meses aumentará e os negócios irão melhorar

Consumidor

Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também medido pelo FGV IBRE, voltou a subir pela terceira vez seguida. Em agosto, o aumento foi de 0,3 ponto, o que fez o indicador atingir os 93,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, o avanço se mostrou mais substancial, com elevação de 1,3 ponto, alcançando os 92,4 pontos. A economista Anna Carolina Gouveia adverte que a confiança do consumidor subiu pela terceira vez seguida, mas o ritmo se revelou mais lento. Para ela, o resultado modesto foi influenciado igualmente pela melhora das percepções sobre o presente e as expectativas futuras. “Entre as faixas de renda, diferente do que vinha ocorrendo ao longo deste ano, o resultado no mês foi motivado pelas faixas de renda mais altas, especialmente para consumidores com renda superior a R$9.600,00”, destaca. E finaliza: “a resiliência da atividade doméstica, com mercado de trabalho aquecido e inflação controlada tem contribuído para sustentar a confiança dos consumidores, mas o menor ritmo indica cautela para o futuro”.


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