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A Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( PMC/IBGE), revela que o volume de vendas do comércio de material de construção avançou 4,3% no Estado de São Paulo em junho. A comparação, feita contra o mesmo período do ano passado, ficou acima da oscilação registrada em âmbito nacional de +3,9%. Os números positivos de junho contrapõem as perdas observadas tanto no sexto mês de 2023 quanto em relação a maio passado.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC/IBGE

Os bons resultados deste final de semestre também contribuíram para que no acumulado da primeira metade do ano o volume de vendas do setor contasse com um aumento de 3,2%, no Estado de São Paulo, e de 2,0%, no país. “Cabe-nos ressaltar, inclusive, que considerando o período acumulado em doze meses, há um diminuto recuo de 0,1% nas vendas”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos. “Este é o registro mais ameno de tal indicador desde abril de 2022, quando o índice de 12 meses passou a ser negativo, o que se mantém até este momento”. 

Evolução do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo – Taxa acumulada de 12 meses

Fonte: PMC/IBGE

Jaime comenta ainda que, na análise de maio, já tinha sido feito um alerta sobre o provável desempenho do PMC nos meses seguintes: “a tendência era o retorno do processo de recuperação das vendas de material de construção no Estado de São Paulo, e assim ocorreu”. Em sua opinião, essas variações, ora para cima, ora para baixo dos indicadores de resultados mensais, são previsíveis  e naturais em um cenário de estabilização do setor, pós “ressaca” do período de grandes avanços registrados durante a pandemia. 

“Na verdade, o que notamos é que as vendas de material de construção, se ainda não passíveis de grandes expectativas positivas, convivem com um cenário conjuntural melhor que o visto nos últimos anos”, avalia. Tal quadro é beneficiado ainda pelos efeitos de uma inflação mais controlada, pela redução da inadimplência e de endividamento das famílias, por juros um pouco menores e ainda pelo motor de um mercado de trabalho aquecido. “A expectativa é termos continuidade desse cenário cautelosamente positivo e que mantenhamos no segundo semestre ao menos o ritmo positivo visto nestes primeiros seis meses de 2024”, supõe. 

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais. 


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